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Alerta sobre perigos ambientais catastróficos é dado por 15 mil cientistas de todo o mundo

15 de novembro de 2017
3 min. de leitura
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Cientistas emitem alerta sobre a poluição dos combustíveis fósseis
Fábrica na China coberta por poluição (Foto: Leung Ka Wa/The Independent UK)

Um novo “alerta para a humanidade” sobre os perigos que enfrentaremos devido à destruição do nosso meio ambiente foi assinado por 15.364 cientistas de 184 países.

Essa mensagem é uma atualização de um alerta passado feito pela Union of Concerned Scientists, organização sem fins lucrativos de cientistas para proteção ambiental com sede no Estados Unidos. Na época, 25 anos atrás, ela foi apoiada por 1.700 assinaturas. Mas os cientistas dizem que o cenário atual é muito pior, a maioria dos problemas previamente identificados apenas cresceram.

O aumento acelerado da população mundial continua consumindo recursos naturais limitados e “cientistas, pessoas influentes na mídia e cidadãos leigos”, segundo a carta de alerta, não estão tomando atitude alguma.

Apenas o buraco na camada de ozônio apresentou alguma melhora desde a primeira carta dos cientistas, e ele é usado como exemplo do que pode acontecer quando se age de forma decisiva. Mas todos as outras ameaças continuam e logo não haverá nada que poderá ser feito para reverter os danos.

Algumas calamidades previstas e citadas como mais relevantes são as mudanças climáticas, o desmatamento, a extinção em massa de espécies, zonas mortas nos oceanos e a falta de água para o consumo.

O alerta também fala sobre secas em reservatórios
Níveis de água em reservatórios tem baixado perigosamente – Gers, na França (Foto: Mahtuf Ikhsan/The Independent UK)

“Ao falharmos em limitar adequadamente o crescimento populacional, adequar políticas econômicas, reduzir gases do efeito estufa, investir em energias renováveis, proteger habitats naturais, restaurar ecossistemas, frear a poluição e o desmatamento e manter o equilíbrio entre espécies, a humanidade não está tomando as medidas urgentes para resguardar nossa biosfera em perigo”, disse o Professor americano William Ripple, ecologista que lidera os cientistas e escreve no diário internacional BioScience.

Nesta segunda carta à humanidade, os autores buscaram dados de agências governamentais, de organizações não lucrativas e usaram pesquisas pessoais para fundamentar sua visão de que os impactos ambientais que causamos estão infligindo danos substanciais e irreversíveis ao planeta.

Eles esperam que a mensagem seja absorvida pelo público e gere um debate global sobre as questões levantadas. Como cita o The Independent, é apontado que, nos últimos 25 anos:

A quantidade de água doce disponível por pessoa da população mundial foi reduzida em 26%.

O número de zonas mortas em oceanos – regiões onde poucas espécies conseguem sobreviver devido à poluição e falta de oxigênio – aumentou em 75%.

Quase 300 milhões de acres de floresta foram perdidos, majoritariamente para a agricultura.

Emissões de carbono e temperaturas médias globais têm mostrado aumento significativo.

A população mundial cresceu em 35%.

O número de mamíferos, répteis, anfíbios, pássaros e peixes do mundo, coletivamente, caiu em 29%.

O Professor William Ripple e seus colegas formaram uma organização nova e independente chamada Alliance of World Scientists para externar suas preocupações sobre sustentabilidade ambiental e sobre o destino da humanidade.

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