Modelo na Itália até sete meses atrás, Pâmela Carvalho, 24, se vê diante de uma galinha, presa pelo pé, de ponta-cabeça, no tronco de uma árvore. Sua missão é cortar o pescoço da ave.
Só depois de vários minutos consegue concluir a tortura, seguida de um brutal assassinato ao qual foi pressionada a cometer, o corpo todo trêmulo. É aplaudida e vai acabar de chorar longe dos colegas, enquanto outros três experimentam o sangue do pobre animal. Essa é uma das atividades do “curso de treinamento na selva” para candidatos a aeromoça e comissários exigido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
“Achei que fossem mostrar como se fazia riscando com caneta no pescoço da galinha”, diz Pâmela, que tenta ganhar o salário médio de R$ 1.800 das aeromoças.
Das 217 pessoas de 18 a 35 anos que estavam na mata em Juquitiba (72 km de SP), no último sábado, 70% são mulheres -em sua maioria esbeltas e de unhas feitas.
Na mata, os alunos são chamados pelo número estampado no boné e cada um só pode perder cinco pontos, ou é reprovado.
Veja cenas do treinamento: folha.com.br/fg2681
Com informações da Folha de SP
Nota da Redação: Estamos, novamente, diante de um exemplo de bullying, que normalmente consiste na prática de um ato covarde e cruel contra um ser mais vulnerável do que o agressor. Desta vez a vítima é um animal indefeso, cuja vida é usada e descartada, como instrumento da perversidade humana. Ensinam-se a destruição e a covardia contra seres que deveríamos proteger durante um treinamento equivocado e primitivo, que prega a frieza e a violência como métodos de sobrevivência. Mais uma vez, um episódio absurdo, lamentável e típico da imbecilidade humana.