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DESMATAMENTO E CAÇA

Ação humana coloca elefante-da-floresta em risco de extinção

Segundo recente alerta da União Internacional para a Conservação da Natureza, os elefantes-da-floresta entraram em risco de extinção

3 de abril de 2021
Giovanna Machado | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Pixabay

Em uma atualização da lista vermelha de espécies ameaçadas, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) alertou, nesta quinta-feira (25), que o Loxodonta cyclotis, mais conhecido como elefante-da-floresta (ou elefante africano da floresta) está em perigo crítico de extinção. Segundo o balanceamento, sua população teria diminuído cerca de 86% nos últimos 30 anos.

O elefante-da-floresta vive principalmente na selva da África Central e Ocidental e é menor que seu primo Loxodonta africana, o elefantes-da-savana, este, ainda de acordo com a atualização teria sua população reduzida aproximadamente 60% nos últimos 50 anos e é classificada como “em perigo”.

A IUCN passou a fazer a distinção entre essas duas espécies de elefantes encontradas no continente africano. Segundo Bruno Oberle, diretor-geral da organização, isso representa a pressões constantes que estes emblemáticos animais têm de enfrentar”. Com base no estudo do genoma, os especialistas estimaram que o melhor no momento, é tratar em separado as duas espécies de elefantes africanos. Principalmente por que eles vivem em diferentes regiões: as maiores populações dos elefantes-da-floresta estão no Gabão e no Congo, ocupando apenas 25% de seu território original, enquanto os elefantes-da-savana preferem um hábitat mais aberto, vivendo especialmente na África Subsaariana.

Cerca de 1,5 milhão de elefantes percorriam toda África há 50 anos. De acordo com o censo mais recente de grandes mamíferos, em 2016, esse número caiu para 415.000. Essa redução deve “disparar o alarme” de alerta, diz AFP Benson Okita Ouma, da ONG Save the Elephants e copresidente do grupo de especialistas em elefantes africanos da IUCN, e completa: “essa classificação deve servir de alerta de que, se não mudarmos o curso das coisas, teremos boas chances de ver esses animais afetados de extinção”. Apesar disso, o próximo censo não é esperado para antes de 2023, e esse animais não vão desaparecer da África da noite para o dia.

Fatores que causam o risco de extinção

A redução no número das espécies de elefantes acelerou entre 2008 e 2011, quando a caça por presas de marfim atingiu seu auge. Apesar da prática não ser intensa nos dias de hoje, o fenômeno continua ameaçando os animais.

Além disso, Okita Ouma considera que a destruição do hábitat dessas espécies para o aumento da área de terras agrícolas ou exploração florestal é outro ponto preocupante para a preservação dos elefantes.

Conservação das espécies

O relatório apresentado pela IUCN não traz somente aspectos negativos. A pesquisa sinaliza que a conservação de paquidermes em áreas protegidas no Gabão e no Congo está sendo um sucesso. E o número de elefantes-da-savana também é estável no sul da África, caminhando, inclusive, para um crescimento da população na área de conservação transfronteiriça de Kavango Zambezi.

Fora isso, a queda da atividade humana durante a pandemia do coronavírus impacta positivamente na preservação da natureza, permitindo com que os elefantes “recolonizem” certas áreas das quais outrora foram expulsos.

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