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LUTA DE ATIVISTAS

A caminho da liberdade: 26 chimpanzés explorados em laboratório podem ser levados para santuário

8 de abril de 2024
Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Os 26 ex-chimpanzés de pesquisa remanescentes no Alamogordo Primate Facility (APF), localizado na Base Aérea de Holloman, estão no centro das atenções, e as últimas notícias trazem um tom encorajador.

Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) recentemente desistiram do recurso contra a ação movida pela Animal Protection New Mexico, juntamente com a Humane Society dos Estados Unidos.

Superar qualquer obstáculo legal na tentativa de levar esses chimpanzés para um santuário é, sem dúvida, uma boa notícia. Porém, o desfecho final ainda está pendente, aguardando a decisão definitiva que pode significar a tão esperada mudança para esses primatas.

Os defensores dos chimpanzés depositam suas esperanças nas palavras da nova diretora do NIH, Dra. Monica Bertagnolli, que recentemente declarou: “Estou comprometida em cumprir os objetivos da Lei do CHIMP para garantir que esses chimpanzés obtenham o santuário e o cuidado que merecem.”

Essa afirmação é crucial porque, embora a recente vitória legal seja significativa, o juiz do caso não tinha autoridade para obrigar o NIH a transferir os chimpanzés ou estabelecer um prazo.

Então, qual é o próximo passo para os 26 chimpanzés remanescentes?

Com a rejeição do recurso e as declarações assertivas do novo líder do NIH, aliadas aos esforços da delegação congressional do Novo México e aos apelos financeiros e humanos, vislumbra-se a possibilidade de refúgio no horizonte.

No entanto, esse horizonte, seja próximo ou ainda distante, depende da capacidade do Chimp Haven em Keithville, Louisiana, de acomodar mais primatas. Embora atualmente opere com capacidade máxima, o Chimp Haven, como santuário federal de chimpanzés, enfrenta restrições de expansão devido ao seu esquema de financiamento.

Atualmente, o NIH financia 75% do orçamento do Chimp Haven, o que obriga a instituição a buscar fundos privados para infraestrutura essencial. Uma situação inaceitável, considerando que foi o governo federal que criou a demanda por santuários. Além disso, as instalações dos chimpanzés e outros edifícios não possuem ar condicionado em um clima notoriamente úmido.

A Animal Protection New Mexico apela ao NIH e ao Congresso para aumentarem imediatamente o financiamento do Chimp Haven, cumprindo assim sua obrigação legal de garantir que todos os chimpanzés merecedores tenham um santuário lá o mais rápido possível.

A transferência dos chimpanzés não é apenas uma questão moral, mas também uma questão financeira. De acordo com o próprio NIH, os custos de cuidados no Chimp Haven são significativamente menores do que na APF. Além disso, no Chimp Haven, os chimpanzés desfrutam de um ambiente mais natural, vivendo em grupos mistos e recebendo enriquecimento que não está disponível na APF.

Foto: Chimp Haven

Os dados mostram que a maioria dos novos mexicanos apoia a transferência dos chimpanzés para o Chimp Haven, refletindo um desejo de justiça e compaixão por esses animais que serviram involuntariamente à ciência.

A decisão do NIH de retirar o recurso é encorajadora e representa uma nova visão e liderança inspirada. Agora, os olhos estão voltados para o NIH e o Congresso para garantir que todos os chimpanzés tenham a chance de viver seus dias restantes com dignidade em um ambiente adequado.

Este é um momento crucial na história desses primatas de pesquisa. É hora de honrar seu serviço e garantir que tenham um futuro digno em um santuário, onde possam viver suas vidas como chimpanzés.

Gene Grant, diretor de programas e políticas da Animal Protection New Mexico – animais na ciência, expressa a urgência dessa causa e a necessidade de ação imediata para garantir a liberdade e o bem-estar dos chimpanzés remanescentes.

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