“O que vimos em lugares realmente isolados como Samoa, por exemplo, apesar de estar muito longe dos países [desenvolvidos] com poluição, tivemos dificuldades de encontrar qualquer coral com vida. Não importa onde você está no Pacífico, o coral está começando a branquear”, disse o capitão do navio, Nicolas De La Brosse.
O branqueamento ocorre quando o coral reage às mudanças no meio ambiente, como ao aumento das temperaturas e expulsa as algas que vivem em seus tecidos. Os corais e as algas dependem um do outro para sobreviver. Sem as algas, o coral fica branco e se essa ocorrência for severa ou se repetir, isso pode fazer com que os corais morram e nunca se recuperem, segundo o Ecowatch.
De La Brosse está no navio de pesquisa francês Tara, que tem navegado por todo o mundo há mais de uma década para estudar os efeitos das mudanças climáticas no oceano.
A expedição atual, que está prevista para durar dois anos, é o maior estudo já realizado em recifes de corais, e deve realizar uma viagem de 100 mil quilômetros para levar uma equipe, que inclui engenheiros e cientistas, da Europa para a Ásia e o contrário.
A equipe da expedição está concentrada em ver como os recifes de coral no Pacífico estão se adaptando às mudanças climáticas. Em uma parada em Sydney (Austrália), os especialistas ficaram chocados com os danos que testemunharam. Eles estão apenas no meio da expedição.
Depois de Sydney, a equipe irá para o Norte para estudar os efeitos das mudanças climáticas na Grande Barreira de Corais.
Os resultados finais da viagem serão analisados e divulgados em 2019.