Por Marcela Couto (da Redação)
Os funcionários de um laboratório de pesquisas em Nevada, nos Estados Unidos, estavam checando uma ala que abrigava primatas quando se depararam com uma cena terrível: trinta macacos estavam mortos e foram cozidos vivos porque alguém deixou o aquecedor ligado. Apenas dois sobreviveram, mas o estado era gravíssimo e foram sacrificados.
Em um outro laboratório dirigido pela mesma empresa, um macaco morreu no ano passado depois de ser jogado em um equipamento higienizador de alta temperatura ainda dentro da jaula.
Os dois casos cruéis prometem fechar o cerco para os laboratórios de pesquisa que exploram e torturam animais, já que o número de mortes só tem crescido recentemente.
Os críticos afirmam que as multas pela violação de direitos animais nos laboratórios são muito baratas e totalmente ineficazes.O laboratório onde os macacos queimaram até a morte recebeu uma multa de apenas U$14.000 pelos dois crimes.
“As punições não fizeram com que eles parassem de violar a lei”, disse Michael Budkie, diretor da organização Stop Animal Explotation Now. “Se eles estão simplesmente matando animais por negligência, algo está muito errado nesse sistema.”
O Departamento de Agricultura americano divulgou que 97 animais já morreram em laboratórios vítimas de negligência nos últimos dois anos, sem incluir os ratos e outros roedores.
A rede de laboratórios em questão, chamada Charles River’s, é uma das maiores do mundo e pratica a importação e criação de animais para exploração em pesquisas.
O argumento da companhia é a tradicional defesa das novas descobertas que beneficiam animais humanos, em troca da escravidão dos não humanos.
Budkie declarou que, se o governo dos EUA não é capaz de investigar com seriedade a morte dos animais, sua organização lutará por penas mais duras para os criminosos no Congresso.
A Charle’s Rivers também é acusada de maltratar outros animais, falsificar registros e tentar esconder abusos cometidos nos laboratórios, inclusive demitindo funcionários que ameaçam denunciar.
Com informações de Los Angeles Times