Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
O assassinato covarde do gorila Harambe, morto a tiros ao tentar proteger uma criança de 4 anos que caiu em seu recinto, é agora um novo símbolo da luta contra as prisões de inocentes denominadas zoológicos.
O animal jovem, de apenas 17 anos, foi morto porque representava uma “ameaça”, na leitura especista dos responsáveis pelo zoo, quando as imagens mostram claramente que o gorila tentava proteger o garoto. No vídeo abaixo, inclusive, vemos Harambe segurando as mãos da criança em um gesto extremamente delicado.
Mas na mentalidade de quem explora e confina animais, a ternura e compaixão de Harambe não foram consideradas, apenas sua imagem bestializada construída pelo preconceito humano. Em outro caso semelhante, no vídeo abaixo, é possível comprovar a natureza dócil e gentil do gorila ao se deparar com uma criança humana.
Aliás, se um dos grandes argumentos para a existência de zoológicos ainda é a “educação” sobre a vida selvagem, fica provado mais uma vez que eles só ensinam a desprezar, torturar e matar animais. Pior, transmitem a gerações a ideia de que é aceitável confinar um animal em uma cela, ao invés de educar sobre a liberdade e o direito à vida em seu habitat natural.
O zoológico tentou retratar o gorila como um ser “agressivo”, quando o mundo inteiro pôde testemunhar a sensibilidade de Harambe, minutos antes de ser alvejado. Sua morte não será em vão, pois ele é um mártir que representa todo o sofrimento dos animais confinados e a luta por seus direitos.
Uma rápida busca pelo termo “zoológico” na ANDA revela casos como o dos leões que foram recentemente assassinados porque um homem invadiu sua jaula; da elefanta que morreu abandonada na cela do zoo aos 69 anos; do chimpanzé que viveu seus últimos dias em confinamento depois de uma vida de sofrimento; dos golfinhos sofrendo com a exploração do Sea World e tantos outros animais vítimas da ganância e ignorância humanas.
As matérias mostram animais que foram mortos ao tentar fugir, mortos por pura negligência, mortos porque “sobraram”, mortos porque tentaram se defender. Além disso, vemos inúmeros casos de animais traficados e vendidos como produtos, mães separadas de seus filhotes, animais vítimas de maus-tratos absurdos e outras tragédias e violações que só os zoológicos são capazes de causar à vida animal.
Zoológicos, aquários, circos e todas as formas de confinamento e exploração de animais em nome do entretenimento precisam ser abolidas com urgência. Sabemos que não é sobre educação, muito menos conscientização, e sim sobre lucro. São masmorras que ganham dinheiro com o confinamento de seres sencientes que nasceram para a liberdade, tratando-os como objetos, espetacularizando seu sofrimento e condenando-os à prisão perpétua sem que tenham cometido nenhum crime.
O verdadeiro crime, nesse caso, é contra os direitos animais. Cada um desses estabelecimentos é criminoso do ponto de vista ético, e quem os financia também é culpado pela morte desse gorila e todos os tristes casos que ocorrem nesses locais.
Um ingresso comprado para assistir ao sofrimento animal já vem manchado com o sangue de todas as espécies, alimenta o mercado cruel que comercializa vidas e promove a exploração e abuso dos animais não-humanos. Um ingresso para o zoológico de Cincinatti é o atestado de óbito de Harambe e a condenação de todos os animais ali encarcerados.
Pela memória de Harambe e todos os animais, a ANDA declara seu repúdio aos zoológicos e convoca todos a se unirem à luta pelo fim do confinamento e exploração. A participação da sociedade em causas como essa é um grande passo para tornar o mundo mais justo, ético e compassivo para todos – humanos e não-humanos.
Curta a página Justice for Harambe e assine a petição pelo fechamento do zoo de Cincinatti e todos os zoos.