Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Um gorila de 17 anos foi covardemente morto a tiros após um garoto de 4 anos cair em sua jaula em um zoológico de Cincinatti, Ohio (EUA).
Por descuido dos responsáveis, a criança escalou a grade e caiu dentro da jaula do gorila Harambe, de 17 anos. Durante 10 minutos, o gorila ficou próximo à criança tentando protegê-la (como pode ser verificado no vídeo abaixo), mas mesmo assim a equipe local decidiu atirar no animal.
Há poucas semanas, leões foram assassinados da mesma forma após um homem invadir sua jaula em um zoológico chileno.
Testemunhas relataram que o garoto permaneceu consciente durante todo o resgate. Apesar das alegações do zoológico, o gorila não esboçou qualquer reação agressiva ou ameaçadora contra a criança, pelo contrário: permaneceu calmo em sua inocência.
Questionado sobre a possibilidade de utilizar um tranquilizante ao invés de assassinar o animal, o diretor do zoológico Thayne Maynard declarou que “poderia não fazer efeito”, demonstrando sua completa indiferença ao assassinato covarde de Harambe.
O zoológico explora hoje onze gorilas, confinados em um espaço chamado “Gorilla World”. O local será interditado, mas o zoológico ainda abrirá normalmente, desrespeitando totalmente o luto pela morte do animal.
O vídeo abaixo mostra Harambe ainda vivo em janeiro:
Nota da Redação: Uma situação tão trágica só ocorreu porque animais selvagens ainda são confinados e explorados em nome do entretenimento, nessas prisões chamadas de zoológicos onde uma vida animal só vale o lucro que gera. O gorila Harambe estaria seguro e feliz em seu habitat natural, longe de representar qualquer perigo para uma criança, que em primeiro lugar já sofreu enorme negligência de pais e autoridades ao correr tamanho risco sem supervisão em um local como esse. Ainda assim, a culpa recai sobre o animal. Mesmo que tenha demonstrado compaixão pelo garoto, o gorila foi condenado à morte, após sofrer boa parte da sua vida já privado da liberdade. Que Harambe descanse em paz, como um mártir que representa todos os animais encarcerados em zoológicos, aquários, circos e todas as formas de cativeiro.