A 15ª Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre a Biodiversidade (CDB) das Nações Unidas começou nesta segunda-feira (11/10) na China e vai até 15 de outubro.
As sessões da grande conferência sobre a biodiversidade do planeta serão online e debatem políticas para frear as mudanças climáticas causadas pela ação humana.
Menos conhecida que a COP26, que acontece no final de outubro em Glasgow, na Escócia, esta conferência organizada pela ONU aborda questões cruciais como a luta contra a poluição e o cuidado com o meio ambiente.
A conferência acontecer em duas etapas: uma primeira sessão virtual de cinco dias em outubro e duas semanas de encontros presenciais entre 25 de abril e 8 de maio, em Kunming, China, após dois adiamentos. Na COP15, os países discutem detalhes novo documento com metas para a proteção dos ecossistemas para 2030.
Plano de trabalho
O plano que visa a conceder “status” de proteção a 30% das terras e oceanos até 2030, medida apoiada por uma ampla coalizão de países, além do objetivo de eliminar os resíduos plásticos.
O texto a ser discutido inclui 21 ações até 2030: a conservação efetiva de pelo menos 30% das terras emergidas e marítimas, e “a redução de pelo menos metade dos nutrientes (fertilizantes) liberados no meio ambiente, e de dois terços de pesticidas, no mínimo, bem como a eliminação de todos os resíduos de plástico”.
Trata-se também de reduzir os subsídios prejudiciais ao meio ambiente em “pelo menos US $ 500 bilhões por ano”.
No entanto, a China, país que sedia a COP15, ainda não se comprometeu com o plano.
Cerca de um milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção, devido à invasão humana de seus habitats, superexploração, poluição, disseminação de espécies invasoras e mudanças climáticas.
A Convenção sobre a Biodiversidade (CDB) foi ratificada por 195 países e pela União Europeia, mas não pelos Estados Unidos, maior poluidor histórico do mundo. Suas partes se reúnem a cada dois anos.
Segundo a AFP, na sexta-feira (8/10), a China disse que “dá alta prioridade à proteção da biodiversidade e ao estabelecimento de uma rede de áreas protegidas e parques nacionais”.
Além disso, Pequim planeja apresentar uma “Declaração de Kunming” esta semana, que marcará as linhas de sua liderança ambiental.