Yulin fica situada na província de Guangxi, no Sul da China. É uma localidade predominantemente rural que ficou mundialmente conhecida por anualmente condenar mais de 10 mil cachorros à morte para consumo humano em um festival que dura 10 anos desde 2009. Imagens virais mostram cães e gatos apertados em gaiolas sendo mantidos em condições precárias e sendo mortos de maneiras terríveis.
Esse ano, apensar da pandemia de Covid-19, o Festival de Yulin teve início no último domingo (21). Sete ativistas em defesa dos direitos animais, liderados por Du Yufeng, realizaram uma manifestação pacífica no domingo e registram imagens dolorosamente tristes. Inúmeras pilhas de cães mortos e assados eram fatiados em balcões enquanto pessoas comem e sorriem alegremente.
Um dos ativistas se disfarçou de cliente e fez perguntas a comerciantes de carne de cachorro do mercado de Dongkou. A maior parte dos vendedores não estava comercializando cães vivos. Muitos mataram os animais em casa e levaram apenas os cadáveres para serem assados. Polícias acompanharam o festival, mas em nenhum momento tentou impedir o consumo ou aglomerações.
Du Yufeng é uma velha conhecida dos comerciantes e proprietários de fazendas de cães. Para facilitar a investigação, a ativista levou apenas rostos não conhecidos, mas muitos comerciantes notaram que os ativistas tiravam fotos, registravam vídeos e faziam perguntas e começaram a intimidá-los. Não havia normas de higienização ou sinalização para o uso de máscaras.
Du e os outros ativistas visitaram a Administração Pública de Queixas e Propostas da província de Guangxi e entregaram uma petição para exigir que as autoridades proíbam definitivamente a realização do festival. ““A epidemia é muito grave e as pessoas aqui ainda estão se reunindo para comer carne de cachorro. Por que eles ainda estão fazendo isso?”, questiona a ativista.
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