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República Dominicana aprova lei que proíbe comércio de golfinhos

29 de abril de 2018
3 min. de leitura
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A República Dominicana aprovou recentemente uma legislação que proíbe totalmente a venda de golfinhos no país. Agora, por um período de cinco anos, os golfinhos não podem ser comprados nem vendidos no país – o que torna muito mais difícil, se não impossível, abrir novos aquários desses animais marinhos.

A vida dos golfinhos parece estar mudando para melhor (Foto: Heather Moran, National Aquarium)
A vida dos golfinhos parece estar mudando para melhor (Foto: Heather Moran, National Aquarium)

A nova lei foi aprovada pelo Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais da República Dominicana, e é um notável avanço na luta para libertar os golfinhos dos tanques de exploração para turismo e entretenimento.

O Projeto Dolphin (Projeto Golfinhos, em tradução literal) foi a instituição que tomou frente nos esforços locais de conservação desses animais por muitos anos. Em setembro de 2014, Ric O’Barry, fundador e diretor do Projeto Dolphin, recebeu reconhecimento especial da Academia do Cine República Dominicana (ACRD) por sua dedicação e compromisso em acabar com o cativeiro dos golfinhos e promover sua reabilitação e liberação.

“Aplaudimos o Ministério por tomar essa medida, pois este é um avanço importante para ativistas locais que têm trabalhado duro para defender a liberdade dos golfinhos”, compartilhou a equipe do Projeto Dolphin em comunicado.

Em 2017, a influente empresa de viagens Thomas Cook parou de vender ingressos para atrações que exploravam animais, devido a preocupações com o bem-estar animal, conforme explica o OneGreenPlanet.

Recentemente, também, o National Aquarium (Aquário Nacional, em tradução literal), em Baltimore (EUA), anunciou que criará o primeiro santuário marítimo de golfinhos na América do Norte, possibilitando reabilitação e uma nova chance de vida a muitos animais que foram explorados por toda a vida. E o SeaWorld San Diego relatou uma queda drástica no número de visitantes em cerca de meio milhão de a menos no último ano.

A exploração de golfinhos para turismo e entretenimento tem demonstrado quedas bruscas de públicos, e avanços nas legislações contra essa prática tem tomado espaço (Foto: Dolphin Project)
A exploração de golfinhos para turismo e entretenimento tem demonstrado quedas bruscas de públicos, e avanços nas legislações contra essa prática tem tomado espaço (Foto: Dolphin Project)

Já foi comprovado que viver em cativeiro causa graves traumas psicológicos e emocionais a animais, podendo levar à zoocose – distúrbio que causa comportamentos compulsivos para alívio de estresse e sintomas de depressão.

Portanto, mudanças significativas como essas no âmbito da exploração de animais marinhos são um bom sinal. Parece que a situação dos golfinhos e outros animais em cativeiro está prestes a começar a mudar para melhor. Além disso, decisões de tamanho impacto influenciam e encorajam outras nações e instituições a se conscientizarem mais sobre a vida e o bem-estar dos animais mantidos em cativeiro para entretenimento.

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