Como obteve uma resposta extremamente positiva (99% dos quatro mil entrevistados apoiaram), a iniciativa foi apresentada ao Parlamento e entrará em vigor oficialmente em Maio deste ano.
Em um comunicado para a imprensa, o secretário do Meio Ambiente, Michale Gove, defendeu a nova legislação e destacou o enorme apoio do público à medida. De acordo ele, a legislação também é benéfica para a imagem Inglaterra.
Os detalhes da legislação envolvem a instalação obrigatória de câmeras CCTV em todas as áreas com animais vivos. A filmagem em tempo real ficará disponível para revisão pelos veterinários oficiais da Agência de Padrões Alimentares (FSA), que terão acesso irrestrito aos últimos 90 dias de gravações. Se uma empresa desrespeitar as práticas de bem-estar animal, a FSA pode emitir um aviso de aplicação da lei, suspender, retirar uma licença ou iniciar uma investigação criminal, dependendo da gravidade dos maus-tratos, segundo o Livekindly.
Existe um receio de que a lei apoie a crueldade contra os animais ao endossar a falácia dos “assassinatos humanos” de animais. A Animal Aid, o maior grupo de direitos animais do Reino Unido, apoiou a nova lei, reconhecendo-a como um pequeno passo em direção a um mundo mais compassivo. Porém, seu diretor, Isobel Hutchinson, pediu revisões independentes da filmagem, além dos comentários oficiais do veterinário.
Hutchinson observou: “É vital recordar que não há como assassinar sem crueldade. Mesmo quando nenhuma lei é infringida, o assassinato é um processo estressante, brutal e violento. Nenhum animal quer morrer e simplesmente não existe a necessidade de matar animais para a alimentação. Uma vez que podemos ser felizes e saudáveis em uma dieta completamente livre de animais, urgimos a todos que se preocupem com os animais que se tornem veganos”.
A legislação completa foi apresentada ao Parlamento em 23 de Fevereiro deste. A partir de maio, as empresas terão seis meses para se adequar à medida, o que significa que todos os matadouros ingleses terão câmeras até o final deste ano.