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Ultramaratonista adota dieta vegetariana para melhorar desempenho

3 de setembro de 2013
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Nos últimos anos, vegetarianismo ganha cada vez mais adeptos. (Foto: Divulgação)
Nos últimos anos, vegetarianismo ganha cada vez mais adeptos. (Foto: Divulgação)

Para muita gente, tirar a carne da alimentação vegetariana é lutar pelo direito dos animais. Paul McCartney, vegetariano convicto desde os anos 1970, que o diga. Para outros, é uma questão ideológica, quase política. E para uma imensa turma, o vegetarianismo é sinônimo de uma vida mais saudável.

O ultramaratonista catarinense Daniel Meyer, 31 anos, tornou-se vegano, corrente que exclui da alimentação qualquer produto de origem animal, em 2005. “Conheci o veganismo por acaso. Na época, o que eu procurava era otimizar ao máximo minha alimentação, visando a melhoria de meu desempenho esportivo. No entanto, quanto mais eu pesquisava sobre nutrição, mais material sobre dieta vegetariana eu encontrava. Após muita pesquisa e estudo, eu fiquei convencido de que os alimentos de origem animal eram completamente dispensáveis à saúde humana”, conta Meyer.

Depois de ser campeão do Desafio Praias e Trilhas 84 km (2008), do Mountain Do Praia do Rosa (2011) e do Multisport Brasil (2011), entre outras conquistas, o corredor criou com um grupo de amigos, a Equipe Multiesportiva Força Vegana, para promover a filosofia vegetariana por meio do esporte. “Minha vida como atleta está completamente vinculada ao veganismo. Promover e difundir o movimento vegano é meu objetivo primordial como atleta.”

Não importa por que motivo você eliminou (ou ainda vai eliminar) ali­mentos de origem animal da sua ali­mentação. O que não pode é simples­mente substituir um bife por um pra­to de macarrão porque, se fizer isso, seu corpo vai se ressentir de nu­trientes. “A adoção de uma dieta vegetariana é totalmen­te compatível com a prática esporti­va, desde que bem planejada para evitar deficiências nutricionais. É im­portante que os vegetarianos este­jam atentos à ingestão de proteínas, vitamina B12, zinco, ferro e outros nutrientes”, alerta Fabiana Honda, da Patrí­cia Bertolucci Consultoria em Nutri­ção, de São Paulo.

Deixar de lado carnes e peixes também tem um efeito positivo sobre a saúde do coração. Estudo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition mostrou que os vegeta­rianos têm 32% menos probabilidade de morrer ou precisar de tratamento médico em decorrência de doenças do coração, além de terem níveis mais baixos do mau colesterol e de pressão arterial. “É importante ressaltar, no entanto, que ser vegeta­riano não é um atalho para um cora­ção saudável, pois há muitos pratos vegetarianos com altos níveis de gor­dura saturada e sal”, afirma Tracy Pa­rker, da British Heart Foundation. Mais: os níveis de colesterol dos ve­getarianos chegam a ser de 14% a 35% menores (em veganos), assim como a pressão arterial.

*Por Sportlife em parceria com a Kanui

Fonte: Catraca Livre

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