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EUA matam 3,2 milhões de animais selvagens para proteger a agropecuária

20 de setembro de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/Shutterstock
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O governo dos EUA está usando o dinheiro dos impostos e travando uma guerra contra os animais selvagens para que fazendeiros que criam vacas para a indústria da carne enriqueçam ainda mais.

Felizmente, uma nova investigação que foi destaque no jornal New York Times mostra como estas mortes são completamente indefensáveis e que o público está indignado.

O Wildlife Services, um braço do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), matou 3,2 milhões de animais selvagens em 2015 – incluindo linces, coiotes e raposas – por meio de armadilhas, tiros e envenenamento que também matam espécies ameaçadas e até mesmo animais domésticos. Em 2015, o número de assassinatos de animais aumentou em meio milhão, totalizando 3,2 milhões de espécies mortas.

Embora o órgão afirme que seu objetivo é “melhorar a coexistência de pessoas e animais selvagens”, fica evidente que os interesses  de fazendas enormes que alimentam a indústria da exploração agrícola é sua prioridade principal e, com isso,  os animais selvagens são expulsos de seus habitats, presos e mortos e a integridade dos ecossistemas naturais é prejudicada.

Reprodução/Shutterstock
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“Enquanto os predadores estão longe de ser a principal causa de morte de vacas, eles são os mais visíveis”, declarou Richard Conniff, autor da obra “House of Lost Worlds: Dinosaurs, Dynasties, and the Story of Life on Earth”.

“Estão matando predadores irracionalmente e por antipatia. Por isso, na metade do século 20, conseguimos quase exterminar  os lobos cinzentos em 48 estados”, completou.

De acordo com a nova investigação, o governo baseia estes assassinatos em cerca de 100 relatórios “científicos”, sendo que apenas dois são considerados padrão de excelência em evidência científica.

Matar os predadores para proteger vacas nem mesmo é eficaz, apontou outro estudo. Na verdade, isto pode gerar o efeito contrário. Por exemplo, para cada lobo morto, aumentam as chances de que outros lobos ataquem animais de fazenda nas proximidades.

Além de assassinar os predadores sob o pretexto de assegurar a segurança de animais explorados em fazendas, o governo oferece incentivos financeiros para os agricultores, informou o The Dodo.

De acordo com o Centro de Diversidade Biológica, as terras federais usadas para agropecuária recebem mais de US $ 100 milhões por ano em subsídios diretos e os subsídios indiretos podem ser até três vezes maiores.

Os autores da investigação declararam que é fundamental que o governo pare de matar animais e entenda como estes assassinatos prejudicam também os ecossistemas.

“Depois de um século de matança descontrolada, este deve ser o momento de abaixar as armas e parar de interferir”, declarou Conniff.

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