Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
O governo dos EUA está usando o dinheiro dos impostos e travando uma guerra contra os animais selvagens para que fazendeiros que criam vacas para a indústria da carne enriqueçam ainda mais.
Felizmente, uma nova investigação que foi destaque no jornal New York Times mostra como estas mortes são completamente indefensáveis e que o público está indignado.
O Wildlife Services, um braço do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), matou 3,2 milhões de animais selvagens em 2015 – incluindo linces, coiotes e raposas – por meio de armadilhas, tiros e envenenamento que também matam espécies ameaçadas e até mesmo animais domésticos. Em 2015, o número de assassinatos de animais aumentou em meio milhão, totalizando 3,2 milhões de espécies mortas.
Embora o órgão afirme que seu objetivo é “melhorar a coexistência de pessoas e animais selvagens”, fica evidente que os interesses de fazendas enormes que alimentam a indústria da exploração agrícola é sua prioridade principal e, com isso, os animais selvagens são expulsos de seus habitats, presos e mortos e a integridade dos ecossistemas naturais é prejudicada.
“Enquanto os predadores estão longe de ser a principal causa de morte de vacas, eles são os mais visíveis”, declarou Richard Conniff, autor da obra “House of Lost Worlds: Dinosaurs, Dynasties, and the Story of Life on Earth”.
“Estão matando predadores irracionalmente e por antipatia. Por isso, na metade do século 20, conseguimos quase exterminar os lobos cinzentos em 48 estados”, completou.
De acordo com a nova investigação, o governo baseia estes assassinatos em cerca de 100 relatórios “científicos”, sendo que apenas dois são considerados padrão de excelência em evidência científica.
Matar os predadores para proteger vacas nem mesmo é eficaz, apontou outro estudo. Na verdade, isto pode gerar o efeito contrário. Por exemplo, para cada lobo morto, aumentam as chances de que outros lobos ataquem animais de fazenda nas proximidades.
Além de assassinar os predadores sob o pretexto de assegurar a segurança de animais explorados em fazendas, o governo oferece incentivos financeiros para os agricultores, informou o The Dodo.
De acordo com o Centro de Diversidade Biológica, as terras federais usadas para agropecuária recebem mais de US $ 100 milhões por ano em subsídios diretos e os subsídios indiretos podem ser até três vezes maiores.
Os autores da investigação declararam que é fundamental que o governo pare de matar animais e entenda como estes assassinatos prejudicam também os ecossistemas.
“Depois de um século de matança descontrolada, este deve ser o momento de abaixar as armas e parar de interferir”, declarou Conniff.