Serão soltos animais como o mico-leão-de-cara-dourada e o macaco-prego-do-peito-preto
Um zoológico de Salvador, na Bahia, vai devolver para a natureza vários animais que estão em extinção. Para isso, o primeiro passo para preparar os bichos para a soltura foi a troca das grades por vidros.
Animais como o mico-leão-de-cara-dourada e o macaco-prego-do-peito-preto, ameaçados de extinção, vão ser colocados em liberdade. De cada dez animais que vivem no local, sete nasceram no zoológico e nunca saíram de lá.
Antes de irem para a natureza, eles estão convivendo com as paredes de vidro e aprendendo a se alimentar sozinhos.
Assista ao vídeo:
Fonte: R7
Nota da Redação: A reportagem feita pela Rede Record mostra claramente o estresse pelo qual passam os animais confinados em zoos. Além de terem seus instintos tolhidos, sua liberdade castrada, ficam à mercê da curiosidade invasiva dos humanos em um ambiente artificial, um cativeiro que na realidade é uma prisão perpétua à qual foram condenados sem terem praticado crime algum. A iniciativa do Zoológico de Salvador é louvável, no entanto é preciso um olhar mais atento e sensível à realidade de todos os animais trancafiados em jaulas. Não basta soltar os animais ameaçados de extinção para que voltem a ter um número expressivo e tornar a privá-los de seu bem mais precioso, que é o direito à liberdade. Os animais não são objetos para divertir ninguém; eles estão dividindo conosco o mesmo planeta e cumprindo uma função de manter a vida em sua biodiversidade. São parceiros na conservação do ambiente que todos nós compartilhamos. É um desafio que as autoridades públicas e dirigentes precisam começar a encarar: o lugar dos animais é na natureza, e a função dos zoos deve ser apenas a de recuperar animais para devolvê-los a seu habitat natural.