(da Redação)
Operadores de um zoológico na Suíça estão atraindo a ira de apoiadores dos direitos animais, após ter sido revelado que os animais alojados em suas instalações não só estão sendo confinados para serem exibidos para os visitantes – eles também estão sendo servidos em pratos no restaurante do parque. As informações são do The Dodo.
Meios de comunicação suíços relataram nesta semana que os funcionários que supervisionam o Langenberg Wildlife Park, localizado nas proximidades de Zurique, admitem ter matado dezenas de animais considerados “excedentes” – cervos e javalis – para que seus corpos fossem cozidos e vendidos para consumo humano.
“A cada ano, nascem centenas de filhotes. Por falta de espaço, eles são abatidos e acabam no prato dos visitantes”, diz o porta-voz do parque, Martin Kilchenmann.
De acordo com o site de notícias Der Landbote, os funcionários afirmam ter matado 59 filhotes de animais em 2012, para consumo humano. Apesar da origem da carne servida no restaurante do parque ser divulgada no menu, a informação é supostamente escrita em letras pequenas, que geralmente são ignoradas por boa parte dos visitantes.
“É uma brincadeira do ‘dia primeiro de abril’?”, disse um cliente. “Eu mal posso acreditar, isso me surpreendeu muito”.
Kilchenmann defende que a prática visa mostrar aos visitantes o “ciclo natural” da vida. Na opinião de organizações de direitos animais europeias, por outro lado, ao permitir que os cervos e javalis se reproduzam sem controle e ao servir a prole “excedente” como alimento, os operadores do jardim zoológico estão fazendo algo “repreensível”.
Esta não é a primeira vez que os jardins zoológicos europeus se veem sob fogo cruzado por práticas de criação irresponsáveis, nas quais os animais nascidos em cativeiro são classificados como excessivos e são, em última análise, mortos, apesar de perfeitamente saudáveis.
No início deste ano, após o assassinato altamente divulgado de uma jovem girafa no zoológico de Copenhague, na Dinamarca, a BBC informou que o abate de animais “em excesso” é um procedimento padrão para os jardins zoológicos da Europa – com até 5.000 animais jovens mortos a cada ano devido à “má gestão” da reprodução.