O zoológico de Porto Velho (RO) não existe, pelo menos em termos legais nunca existiu, garante o superintendente regional do IBAMA, César Luiz da Silva Guimarães, que informou que todos os animais estão sendo retirados do Parque Natural de Porto Velho (o chamado Parque Ecológico) – localizado no setor Chacareiro, zona Norte da capital – e transferidos para uma unidade “apropriada”.
“O responsável por colocar aqueles animais em cativeiro, simplesmente tomou uma atitude totalmente contrária às leis ambientais, é um contra-senso colocar animais em cativeiros em um parque de preservação ambiental”, afirma o superintendente.
César Luiz ressaltou a dificuldade de alojar animais silvestres que estão morando no Parque Ecológico, como os macacos que ainda não têm destino certo, assim também como a onça pintada, alojada em um pequeno espaço onde espera seu futuro destino.
“Animais como macaco prego ou aranha, assim como felinos de grande porte são extremamente difíceis de ser transportados ou inseridos novamente na natureza, pois já estão condicionados ao cativeiro e o custo da manutenção desses animais é muito alta”, disse o superintendente, concluindo que a situação do parque natural de Porto Velho vem sendo acompanhado de perto pelo o IBAMA e todos os órgãos competentes, como Ministério Público, através da Promotoria de Meio Ambiente e SEMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).
Sobrevida
No parque foi constatada a realidade do local, onde os poucos funcionários que lá trabalham se dividem na administração e manutenção do parque natural. Já no setor onde os animais ficavam expostos à visitação pública, a reportagem notou uma clara situação de abandono.
O ofício de n° 111 expedido no dia 06 de março de 2006 do gabinete do IBAMA de Rondônia e encaminhado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMA), na ocasião o secretário titular era Augusto Pinto da Silveira, informava a interdição do Parque Natural de Porto Velho. A decisão havia sido tomada tendo como base uma vistoria realizada por técnicos do Núcleo de Fauna do IBAMA-RO que resultou em um minucioso relatório enviado para a Diretoria de Fauna em Brasília. Em vista do que foi descrito no relatório o IBAMA determinou também a proibição de visita pública na área do zoológico na mesma data que foi expedido o documento.
Com informações do Rondônia Ao Vivo