O Zoológico de Edimburgo, na Escócia, está explorando mais ainda os animais aprisionados com uma experiência no valor de 2 mil libras, onde visitantes sem treinamento podem interagir de forma próxima com os animais.
A experiência chamada “Construa Sua Própria Experiência Selvagem” inclui sessões de 30 minutos com quatro diferentes animais, além de acesso ao zoológico durante o resto do dia.
Uma das sessões de 30 minutos envolve alimentar os tigres-de-sumatra, Dharma e Lucu, através de uma cerca de malha de arame. Normalmente realizada por tratadores em uma área restrita ao público, a atividade consiste em os animais puxarem pedaços de carne de pinças.
A ONG One Kind criticou a exploração por parte do zoológico. “Somos totalmente contra este exercício comercial que explora os animais para gerar receita para o zoológico”, declarou Eve Massie Bishop, porta-voz da One Kind. “É muito preocupante que membros do público, sem qualquer treinamento abrangente, sejam autorizados a ficar tão próximos e, em alguns casos, até tocar e manipular esses animais selvagens.”
“Embora um treinador esteja presente, é colocado um grande nível de confiança em pessoas que provavelmente são inexperientes e mal preparadas. Tememos que isso possa representar um risco real ao bem-estar dos animais”, acrescentou Eve.
A ONG classificou a experiência como exploratória e já se posiciona contra o aprisionamento de animais em zoológicos, onde suas necessidades não são atendidas. “Nós incentivamos o público a desistir dessa experiência extremamente cara e, em vez disso, apoiar programas locais que se concentram na proteção desses animais em seus habitats naturais”, afirmou a porta-voz.
Nota da Redação: manter animais aprisionados e explorá-los para entretenimento humano é cruel e compromete sua saúde física e emocional, impedindo comportamentos naturais, causando estresse, doenças e sofrimento. Espaços limitados e contato constante com o público aumentam o desconforto, enquanto distorcem a percepção pública sobre a importância de proteger as espécies em seus habitats naturais. É essencial abandonar essa exploração e investir em santuários e programas que protejam a vida selvagem em seu ambiente natural, promovendo respeito e educação verdadeira sobre a natureza.