Sessenta e nove animais morreram, neste ano, no zoológico de Goiânia. Biólogos e policiais tentam descobrir o que está causando os óbitos. O bisão foi o último animal a morrer na unidade. Antes dele, morreram um casal de hipopótamos, um casal de girafas, um jacaré, uma onça e até um leão. “Cada morte é uma surpresa para nós. E uma tristeza ao mesmo tempo”, lamenta o tratador Vanderlei Tavares Vieira.
O zoológico foi interditado em 20 de julho pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e não recebe mais visitantes. Mesmo assim, os animais continuaram a morrer.
Força-tarefa
Por causa do alto índice de animais mortos, o Ibama resolveu criar uma força-tarefa no zoológico. A partir desta sexta-feira (28), não serão feitas apenas vistorias. Uma equipe formada por veterinários, biólogos e analistas ambientais vai passar o dia inteiro no local para acompanhar de perto os animais. “Essa comissão vai ter a competência e o poder de nos indicar caminhos que devem ser seguidos”, disse o superintendente do Ibama/GO, Ari Soares dos Santos.
O Ministério Público Federal e a Delegacia do Meio Ambientes também estão investigando o caso. “Em dez dias, vamos concluir esse inquérito e encaminhar ao Poder Judiciário”, calcula o delegado de meio ambiente Luziano Carvalho.
Especialistas dizem que o problema também pode estar na falta de estrutura para abrigar os bichos. O zoológico de Goiânia fica no centro da cidade. É um lugar barulhento e de muita poluição, considerado ultrapassado. “No recinto dos felinos, por exemplo, eles têm tronco, têm pedra, têm planta, mas não têm espaço. Esses animais caminham quilômetros por dia e estão restritos a esse espaço”, diz a veterinária Luciana Batalha de Miranda.
Fonte: G1