Nas partes mais profundas dos oceanos, abaixo de 4 mil metros, a combinação de alta pressão e baixa temperatura cria condições capazes de dissolver o carbonato de cálcio, material que os animais marinhos usam para fazer suas conchas. Essa zona é conhecida como profundidade de compensação de carbonato, e está se expandindo.
Zona de profundidade de compensação de carbonato já aumentou quase 100 metros
- Segundo pesquisadores, o aumento das concentrações de dióxido de carbono no oceano (efeito das mudanças climáticas) está fazendo as águas se tornarem mais ácidas.
- Isso, por sua vez, está aumentando a área do fundo do mar em que o carbonato de cálcio é dissolvido.
- Uma pesquisa recente aponta que essa zona já aumentou em quase 100 metros desde os tempos pré-industriais e provavelmente deve aumentar ainda mais durante este século.
- Isso significa que milhões de quilômetros quadrados do fundo do oceano passarão por uma transição rápida, na qual os sedimentos calcários se tornarão quimicamente instáveis e se dissolverão.
- As informações são do Live Science.
Maior acidez causaria um desequilíbrio marinho global
Projeções apontam que a zona de profundidade de compensação de carbonato está praticamente no limite do aceitável. Caso aumente apenas alguns metros mais, ela passaria a ocupar 51% dos oceanos do mundo.
O problema disso, segundo os cientistas, é o impacto que haveria nos habitas marinhos. Acima desta área vivem corais moles, mexilhões, caracóis e outros animais com conchas ou esqueletos calcificados. Abaixo dela, no entanto, estes animais não poderiam sobreviver.
Além da expansão da acidez, partes do oceano em baixas latitudes estão perdendo espécies porque a água está ficando muito quente e os níveis de oxigênio estão diminuindo. Dessa forma, diversos animais marinhos estão ameaçados.
Fonte: Olhar Digital