Um YouTuber indiano chamado Kodam Pranay Kumar, está sendo investigado após compartilhar em seu canal um vídeo fazendo uma receita de curry de pavão. Kumar, que possui cerca de 277 mil inscritos, está sob investigação por violar leis que protegem os pavões da caça e da morte.
No vídeo postado no sábado, ele mostra como cozinhar curry de pavão usando métodos tradicionais, promovendo indiretamente a matança ilegal da ave. O canal de Kumar tem outro vídeo onde ele ensina como cozinhar curry de javali. Embora esses vídeos tenham sido deletados, ativistas pelos direitos animais exigiram uma investigação por parte da polícia e dos oficiais florestais.
“Um caso foi registrado e a ação mais rigorosa será tomada contra ele e outros que se envolvam em tais atividades”, disse Akhil Mahajan, o superintendente de polícia de Rajanna Sircilla, distrito onde Kumar vive, em um post no ‘X’. A polícia agora está a procura do homem.
Segundo a ONG Sociedade de Proteção das Florestas e da Vida Selvagem (FAWPS), outro canal, OneVBH Vlogs, da mesma região, tem publicado diversos vídeos de caça a espécies protegidas.
“Pedimos aos oficiais que tomem medidas imediatas e os autuem sob as seções relevantes da lei,” disse Mirza Kareem Baig, da FAWPS, expressando frustração com a falta de ação. “Ainda não recebemos nenhuma resposta do departamento florestal sobre um caso relatado há alguns dias. Já se passaram quase 26 dias desde que relatamos esse canal e seus vídeos. Com tanta tecnologia, se o departamento florestal não consegue rastrear um YouTuber mesmo com tantas evidências, como podemos acreditar que estão protegendo nossa vida selvagem nas florestas centrais? O YouTuber até deletou os vídeos e ainda está mantendo o canal ativo. Quais casos foram registrados contra ele?”, ele questionou.
Na Índia, os pavões são protegidos pela Lei de Proteção da Vida Selvagem de 1972. O pavão indiano possui um dos mais altos níveis de proteção sob a lei como ave nacional. A caça, morte ou captura da ave é estritamente proibida, e aqueles que forem encontrados em violação enfrentam prisão por um período mínimo de três anos, até um máximo de sete anos, além de uma multa.