Xuxa Meneghel é conhecida como eterna Rainha dos Baixinhos, mas também por sua paixão por animais. E não é só da boca pra fora. A apresentadora já foi responsável por diversas espécies e até mantenedora do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) – pessoa autorizada a criar e manter animais silvestres em cativeiro.
“Eu já fui tutora de 54 cachorros de uma vez só. Fui responsável também por vários macacos, seriema, tinha um mini ‘zoo’ e era mantenedora do Ibama”, conta Xuxa, que agora está com nove cachorros, divididos entre suas casas no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis (RJ), e explica sua história com cada um deles.
“Tem a Dana, que é uma refugiada e acabou batendo lá em casa; o Chico e o Zeca, que são filhos do Dudu [que faleceu recentemente] e da Nina; a Doralice, que também é uma refugiada; e a Luly. Depois, como estou morando um pouco em Angra, lá tem mais três cães, que acabam se agregando aos meus. Um se chama Sorriso, que, na verdade, chamava ele de Veneno, porque deram veneno para ele e ele foi salvo; o outro é o Negão e tem também o Caramelo”, elenca.
Além dos cães, Xuxa é responsável por diversos pássaros, que moram livres em sua casa. As aves são tantas – a maioria foi abandonada pelos antigos tutores — que chega a ser impressionante a apresentadora lembra de todos os nomes. São eles os papagaios-cinzentos africanos Max e Xaxa; a ararajuba Belinha; os lóris-arco-íris Luigi, Tico, Teco e a filhote Pituca (ou Pituco, ela ainda não sabe o sexo); e a cacatua Bubu.
“É essa quadrilha, que não deixa ninguém em paz [risos], porque ficam todos liberados, de um lado para o outro”, brinca Xuxa, que, fora os pássaros citados, cuida também de outros que foram criados em cativeiro e agora vivem em semiliberdade por cuidados.
“A última vez que contei tinha 26 aves, mas parece que nasceram mais dois filhotinhos agora. Então, provavelmente, devo estar com 28 pássaros que não têm nome”, explica. E não para por aí. Xuxa ainda é tutora de duas tartarugas, a Praga e a recém-adotada Dona Praga. “É isso, não estou com muitos animais”, diz ela, que deixa claro que vai continuar enchendo a casa de animais.
Morte trágica de cachorro
Em março de 2019, Xuxa perdeu Dudu, o yorkshire que a acompanhava há 11 anos, por causa de um erro médico que, até hoje, ela não consegue aceitar. “Ele foi fazer uns exames em São Paulo e deram uma anestesia errada pelo tamanho dele e ele teve uma parada cardíaca. Foi pra cuidar de uma coisa e não voltou. Isso pra mim foi pior ainda. Já é difícil perder por idade, velhice ou por um problema de saúde… mas tirarem a vida dele, isso foi uma coisa que ainda não me desce”, declara a apresentadora.
Quase três anos após a morte do animal, Xuxa ainda sofre. “Sinto muita saudade do Dudu e me sinto culpada, como se não tivesse o protegido. A cena de ele não voltando, o buraco que dá é muito grande”, diz ela.
A apresentadora chama os animais que é tutora de “filhos de pelo”. “Quem tem, sabe o que estou falando. Amo, amei e vou amar demais essas coisinhas que aparecem na minha vida. Eu chamo de presentinhos de Deus. Odeio quando alguém fala: ‘é só um animal’. Não é. É o teu filho de pelo. Aquele animal que vale mais que muitas pessoas”, desabafa.
“Não consigo me imaginar sem animais”
Xuxa diz que sem os animais em sua vida, ela não seria completa. “Não consigo me imaginar sem animais. Acho que seria uma pessoa muito sozinha, ficaria deprimida, amarga, chateada. Animal me faz bem, me deixa numa zona confortável, me sinto feliz. Eles me dão um equilíbrio muito legal”, afirma.
A apresentadora conta que, quando não está bem, senta no chão e é rodeada, tanto pelos cachorros, quanto pelos pássaros que cuida. “E logo começa a vir uma energia boa que eles me passam e eu fico legal. É fundamental ter bicho na minha vida”, completa.
“Me culpo pela ignorância”
Em 2018, Xuxa se tornou vegana e, desde então, fala que sua conexão com os animais ficou mais forte. “Acho que eles sentem que não tenho nenhuma energia de morte, de sofrimento, nenhum resto de defunto dentro de mim. Sinto que o meu relacionamento com eles, e deles comigo, melhorou muito. A gente abriu um portal”, lembra.
A apresentadora lamenta não ter parado de comer alimentos derivados de animais antes. “Me culpo muito pela ignorância, falta de conhecimento e informação”, diz ela, que deixa claro que não julga quem não é vegano.
“Eu comi carne por muito tempo, por mais de 50 anos, e dizendo que eu amava os animais, mas não fazendo nada para protegê-los. Isso pra mim é uma coisa inadmissível no meu mundo”, complementa.
Fonte: Revista Casa e Jardim