Por Marcela Couto (da Redação)
Todos nós já passamos algum tempo assistindo a vídeos de animais selvagens, admirados com o equilíbrio da natureza e a complexidade dos seres com quem compartilhamos o planeta. E apesar da humanidade ainda ter um longo caminho pela frente para respeitar os direitos animais, a maioria das pessoas concorda que todas as espécies são fascinantes.
Um estudo de 2012 publicado na revista PLOS One descobriu que olhar para belos animais realmente melhora o nosso desempenho e concentração, além de manter uma distância segura para que não haja impacto sobre seu habitat. Poderiam então as webcams ao vivo revolucionarem a nossa relação com os animais? Os pesquisadores agora estão tentando compreender se o “streaming da vida selvagem” pode enfim conscientizar as pessoas para respeitar os animais.
Jeffrey Skibins e Ryan Sharp, ambos professores adjuntos de gestão do parque e conservação da Universidade Estadual do Kansas, estão analisando um grupo de pessoas que assistem ao dia a dia de ursos marrons na chamada “bearcam”, instalada na reserva de Katmai, no Alasca.
Entre as questões da pesquisa estsão: “Em uma escala de 1-9, você diria que a sua sensibilidade a respeito do bem-estar animal seria diminuída pela extinção dos ursos marrons?” E “Você está disposto a dar o próximo passo e se envolver em algum tipo de ortamento em favor dos direitos animais? ”
O objetivo deste estudo é verificar se as pessoas formam conexões emocionais com animais por vê-los em webcams. Os pesquisadores vão gradualmente expandir o estudo para incluir outros animais como elefantes, pássaros e girafas.
“Câmeras ao vivo-streaming são uma tecnologia nova e inovadora na experiência observação da vida selvagem”, disse Skibins em um comunicado. “Este alcance e da tecnologia pode realmente personalizar a experiência e permitir que as pessoas se aproximem dos animais sem causar problemas a eles”, completa.
Em última análise, os pesquisadores esperam encontrar novas maneiras de usar a tecnologia baseada na web para envolver o público global nos esforços de conservação.
“Vídeos-transmissão ao vivo pode se tornar formas alternativas para se aproximar da vida selvagem”, disse a Sharp em comunicado. “Queremos envolver as pessoas, talvez em ambientes urbanos que não podem ter acesso ao Alasca, e nós queremos saber o que isso significa para os recursos da reserva, para os animais e para as condições ecológicas”.
Em tempos de luta contra os zoológicos, aquários e outras instalações que confinam animais e violam seu direito básico à liberdade em nome do lucro, as webcams representam uma tecnologia que pode enfim construir uma relação de compaixão e respeito entre seres humanos e animais selvagens.
Além do bearcam no parque nacional de Katmai, aqui estão três outros canais que mostram a vida de animais selvagens ao redor do EUA:
Águia Cam Nest no National Arboretum EUA
Kelp Cam em Channel Islands National Park
Puffin Cam em Seal Island National Wildlife Refuge