Cerca de 500 mil ovelhas morreram por causa das cinzas do vulcão Puyehue na Província de Chubut, no sul da Argentina, confirmaram autoridades locais nesta quarta-feira (22).
Além disso, aproximadamente 50 mil dos 600 mil animais que sobreviveram à erupção correm “risco de morrer”, disse em entrevista às rádios locais o chefe do gabinete do governo de Chubut, Pablo Korn.
Korn lamentou que a província ainda não tenha recebido a ajuda prometida pelas autoridades argentinas. Segundo ele, apenas 50 mil máscaras de proteção foram enviadas para a população. De acordo com o presidente da Federação de Sociedades Rurais de Chubut, Ernesto Siguero, os pequenos produtores receberam “somente uma forragem para seus animais”.
Animais morrem de fome e de sede
O acúmulo de cinzas vulcânicas nas águas e nos pastos da região faz com que os animais morram de fome e sede.
Segundo o secretário de Emergência e Desastre Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária, Haroldo Lebed, em Río Negro as cinzas ameaçam 600 mil ovelhas.
“Há 300 mil animais que estão em um grau importante de risco. Os animais comem pasto com cinzas, quebram os dentes e se intoxicam”.
Região foi declarada “zona de desastre”
A nuvem de cinzas lançadas pelo vulcão chileno, que entrou em atividade no início de junho, obrigou as autoridades a declararem “zona de desastre” nas Províncias de Chubut, Río Negro, Neuquén, na Patagônia argentina.
De acordo com o secretário, a situação mais grave é em Engenheiro Jacobacci, em Río Negro, “que ficou coberta por areia vulcânica” – mais grossa e pesada do que as cinzas.
Na segunda-feira (13) passada, milhares de habitantes de Bariloche, o maior centro de turismo invernal da Argentina, saíram às ruas para retirar grossas camadas de cinzas lançadas pelo complexo vulcânico chileno.
Fonte: R7