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REINTRODUÇÃO HISTÓRICA

Voo da esperança: cinco corvos considerados extintos na natureza são liberados no Havaí

6 de dezembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: San Diego Zoo Wild Life Alliance

Através das árvores densas da floresta tropical do Maui, no Havaí, um vulto preto corta o verde profundo, seguido por um canto que ecoa no ar, anunciando uma boa notícia: o “alalā” (corvo havaiano) está de volta, voando por entre as árvores das ilhas novamente, depois de mais de 20 anos considerado extinto na natureza.

Em um marco histórico para a conservação da fauna havaiana, ao todo cinco corvos havaianos — duas fêmeas e três machos — foram liberados na natureza nesta semana, marcando um passo importante na tentativa de reintroduzir a espécie ao seu habitat original.

Considerado extinto na natureza desde 2002, o “alalā” agora tem uma nova chance de prosperar, graças aos esforços colaborativos de várias organizações e agências de conservação. A ave, conhecida por sua inteligência e carisma, é a última sobrevivente das espécies de corvos nativos do Havaí, que sumiram no meio selvagem devido à perda de habitat, a predação por espécies invasoras e doenças trazidas de fora.

Anos de preparação

A liberação das aves foi o resultado de anos de planejamento e trabalho conjunto de recuperação entre várias organizações, incluindo o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, o Departamento de Recursos Naturais e de Terras do Havai, o San Diego Zoo Wild Life Alliance e a Universidade do Havaí.

Os cinco corvos passaram meses em um grupo para socialização nos centros de conservação de aves Keauhou e Maui Bird, onde estabeleceram fortes laços antes de serem liberados na Reserva Florestal de Kīpahulu.

A preparação incluiu avaliações rigorosas sobre como as aves reagiam a predadores e como conseguiam se alimentar de recursos disponíveis na natureza. Além disso, veterinários realizaram exames médicos para garantir que as aves estivessem em boas condições para a transição ao habitat selvagem.

Para os havaianos, o ʻalalā tem um significado profundo. “Para mim, e na minha cultura, os ʻalalā são como nossos ancestrais—nossos kūpuna. A floresta não existiria sem essas aves”, disse ao The Guardian Keanini Aarona, especialista em recuperação de aves no Maui Bird Conservation Center.

Fonte: Um Só Planeta

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