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BONDADE

Voluntários se mobilizam para salvar peixes durante seca do Rio da Prata em MS

Ministério Público investiga causas da crise hídrica

25 de setembro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Uma nova operação de resgate foi realizada para salvar peixes presos em poças d’água no leito seco do Rio da Prata, no município de Jardim. A ação, autorizada e acompanhada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), retirou 148 peixes de diferentes espécies, que foram realocados para trechos mais profundos e com fluxo hídrico estável.

O resgate mobilizou voluntários do Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim, policiais militares ambientais, funcionários de uma fazenda local e representantes do setor turístico. Foram salvos 76 lambaris, 36 curimbas, 10 piraputangas, além de 5 traíras, 8 pacus-péva, 6 joaninhas e 7 canivetes.

De acordo com o Instituto, o alerta sobre a seca foi emitido no início de setembro e, com o calor intenso, a intervenção tornou-se urgente. “A ação emergencial evidenciou a gravidade da situação e a importância da resposta rápida das instituições envolvidas.”

O episódio reforça a preocupação com a seca no Rio da Prata, localizado em Jardim, região turística vizinha a Bonito. A crise hídrica, que também atinge outros cursos d’água como o Rio Miranda, tem afetado o equilíbrio dos ecossistemas locais.

Diante do cenário, a 1ª Promotoria de Justiça de Jardim prorrogou por mais um ano o inquérito civil que apura as causas da interrupção do fluxo hídrico em parte do rio. Instaurado em julho de 2024, o inquérito visa investigar os impactos ambientais e eventuais ações humanas irregulares na cabeceira do Rio da Prata.

A decisão de prorrogação foi assinada pela promotora substituta Laura Alves Lagrota, que justificou a medida pela necessidade de concluir diligências em andamento, incluindo a verificação do retorno à normalidade do curso d’água. O Instituto Guarda Mirim foi requisitado a apresentar uma avaliação em até cinco dias e, se necessário, realizar novas ações de salvamento de fauna aquática.

Segundo a promotora, “o trabalho do MPMS tem sido decisivo tanto para autorizar as ações de resgate quanto para conduzir a investigação sobre as causas da interrupção do fluxo hídrico.” O inquérito conta com apoio técnico da Polícia Militar Ambiental e do Instituto Guarda Mirim.

Fonte: MS Notícias 

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