Uma nova operação de resgate foi realizada para salvar peixes presos em poças d’água no leito seco do Rio da Prata, no município de Jardim. A ação, autorizada e acompanhada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), retirou 148 peixes de diferentes espécies, que foram realocados para trechos mais profundos e com fluxo hídrico estável.
O resgate mobilizou voluntários do Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim, policiais militares ambientais, funcionários de uma fazenda local e representantes do setor turístico. Foram salvos 76 lambaris, 36 curimbas, 10 piraputangas, além de 5 traíras, 8 pacus-péva, 6 joaninhas e 7 canivetes.
De acordo com o Instituto, o alerta sobre a seca foi emitido no início de setembro e, com o calor intenso, a intervenção tornou-se urgente. “A ação emergencial evidenciou a gravidade da situação e a importância da resposta rápida das instituições envolvidas.”
O episódio reforça a preocupação com a seca no Rio da Prata, localizado em Jardim, região turística vizinha a Bonito. A crise hídrica, que também atinge outros cursos d’água como o Rio Miranda, tem afetado o equilíbrio dos ecossistemas locais.
Diante do cenário, a 1ª Promotoria de Justiça de Jardim prorrogou por mais um ano o inquérito civil que apura as causas da interrupção do fluxo hídrico em parte do rio. Instaurado em julho de 2024, o inquérito visa investigar os impactos ambientais e eventuais ações humanas irregulares na cabeceira do Rio da Prata.
A decisão de prorrogação foi assinada pela promotora substituta Laura Alves Lagrota, que justificou a medida pela necessidade de concluir diligências em andamento, incluindo a verificação do retorno à normalidade do curso d’água. O Instituto Guarda Mirim foi requisitado a apresentar uma avaliação em até cinco dias e, se necessário, realizar novas ações de salvamento de fauna aquática.
Segundo a promotora, “o trabalho do MPMS tem sido decisivo tanto para autorizar as ações de resgate quanto para conduzir a investigação sobre as causas da interrupção do fluxo hídrico.” O inquérito conta com apoio técnico da Polícia Militar Ambiental e do Instituto Guarda Mirim.
Fonte: MS Notícias