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TRAGÉDIA

Voluntários se mobilizam para localizar animais perdidos após incêndio devastador em complexo habitacional

28 de novembro de 2025
Victoria Pimentel
2 min. de leitura
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Uma equipe da Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (SPCA) chega com caixas de transporte para animais ao complexo habitacional Wang Fuk Court, onde um grande incêndio ocorreu, em Hong Kong, China. Foto: REUTERS/Jessie Pang

Voluntários e bombeiros mobilizaram esforços para resgatar dezenas de animais domésticos durante um incêndio devastador no complexo habitacional Wang Fuk Court, em Hong Kong. Na operação de emergência, que ainda contabiliza 44 mortos e quase 300 desaparecidos, equipes de proteção animal conseguiram salvar pelo menos 17 animais que haviam sido deixados para trás quando seus tutores precisaram fugir às pressas do edifício em chamas.

Enquanto bombeiros combatiam o incêndio andar por andar no complexo residencial, funcionários de diversas agências de bem-estar animal chegaram ao local equipados com caixas de transporte com oxigênio e ambulâncias veterinárias. A mobilização começou após tutores desesperados relatarem que precisaram abandonar seus animais durante a evacuação emergencial.

“Os tutores entraram em contato com nossa aliança e compilamos uma lista com mais de 100 casos”, explicou Anson Cheng, representante do grupo de proteção animal Hong Kong Guardians. “Compartilhamos os casos com os bombeiros para que eles possam ajudar a verificar os apartamentos e resgatar os animais domésticos.”

Muitos voluntários enfrentaram barreiras policiais, negociando a entrada na área isolada para tentar salvar os animais presos nos apartamentos. Imagens nas redes sociais mostraram idosos em lágrimas por terem deixado seus animais para trás na corrida para salvar suas próprias vidas.

Como os animais foram identificados e devolvidos

O sistema de microchipagem obrigatória para cães e gatos em Hong Kong foi fundamental para reunir alguns dos animais resgatados com seus tutores. Essa tecnologia permitiu a identificação rápida dos animais que conseguiram escapar do incêndio por conta própria.

Um dos casos mais comoventes envolveu uma mulher identificada apenas pelo sobrenome Law, que passou a noite em um parque próximo ao local da tragédia, aguardando notícias sobre seu gato de 10 anos, Fa. “Quando desci, o fogo era muito pequeno”, relatou ela. “Meia hora depois, o fogo já tinha chegado ao topo. As áreas próximas também estavam queimando, não havia como voltar. Me sinto muito mal.”

O impacto do incêndio em números

Até a manhã seguinte ao incêndio, as equipes de resgate haviam conseguido salvar 10 gatos, 7 cães e várias tartarugas. O fogo, que segundo a polícia pode ter se alastrado devido a andaimes inseguros e materiais de espuma utilizados durante trabalhos de manutenção, causou a morte de pelo menos 44 pessoas.

A tragédia destacou não apenas o crescente número de tutores de animais em Hong Kong, mesmo com o estilo de vida em apartamentos compactos, mas também a necessidade de planos de emergência que incluam os animais. Apesar da densidade populacional da cidade, a posse de animais domésticos – incluindo cães, gatos, coelhos e hamsters – tem aumentado significativamente nos últimos anos.

Fonte: Portal do Dog

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