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Voluntários salvam cadela abandonada com tiro na nuca, em Águeda

5 de setembro de 2013
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Cadela tinha sido abandonada com um tiro na nuca. (Foto: DR)
Cadela tinha sido abandonada com um tiro na nuca. (Foto: DR)

Com o corpo ao sol, quando os termómetros marcavam 35 graus, no sábado, ao final da manhã, uma cadela Rottweiler foi encontrada a agonizar de dor, inconsciente, enrolada em sacos de plástico. Em cima do seu corpo de perto de 50 quilos, tinham sido colocadas pedras, com mais de 15 quilos, e na nuca, uma ferida, de onde saíam larvas e um cheiro nauseabundo, denunciou que o animal se encontrava ali abandonado, no meio do mato e a muitos metros da estrada, há mais de 24 horas.

Foi um homem que procurava o seu cão desaparecido quem descobriu o animal. Após várias tentativas de pedidos de ajuda, conseguiu contactar a Associação dos Amigos dos Animais de Águeda. De imediato, quatro amigas voluntárias da associação deslocaram-se ao local, no fundo de uma ravina de difícil acesso. Seguiram-se seis infinitas horas para resgatar a cadela, que, numa alusão à “princesa guerreira”, batizaram de Xena.

“A nossa prioridade foi tirar-lhe os sacos, levá-la para a sombra, dar-lhe água e tentar baixar-lhe a temperatura corporal”, contou, ao JN, Fátima Seixas, de 37 anos, uma terapeuta de Matosinhos que, juntamente com um grupo de amigas, visita Águeda para ajudar a associação. Naquele dia, estava com as amigas Cristina Leite, Ana Rebelo e Luísa Coelho, no abrigo de animais aguedense, quando a responsável do espaço, Dália, recebeu a denúncia do caso. “Foi intervenção divina alguém tê-la encontrado. Quando chegámos pensávamos que estava morta”, recorda Fátima.

Tiro de caçadeira

Seis horas e muitos telefonemas infrutíferos depois, chegaram os Bombeiros Voluntários de Águeda, perto das 18 horas, para resgatar Xena. “O veterinário do Hospital Veterinário do Baixo Vouga disse-nos depois que a Xena tinha sido atingida com um tiro de caçadeira na nuca”, conta a voluntária.

A revolta tomou conta do grupo de amigas, que se viu “sem qualquer ajuda das entidades locais”, sendo obrigadas a pedir auxílio a Rui Sales, um conhecido seu da proteção civil, que viajou, de imediato, desde o Porto, para conseguir agilizar o processo de resgate. “O mais incrível é que ela [a cadela] não foi agressiva connosco e só gania quando nos afastávamos. Pensava que também a íamos abandonar”, lamenta Fátima. A GNR está a investigar o caso.

*Esta notícia é original de Portugal e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores portugueses

Fonte: Jornal de Notícias

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