Um grupo de dez voluntários resolveu se unir e montou a Associação Protetora dos Animais de Regente Feijó, com o objetivo principal de combater o abandono de cães e gatos nas ruas da cidade. A primeira reunião dos integrantes da entidade, após a fundação realizada na semana passada, está marcada para esta segunda-feira (5), às 19h30, na residência de um dos voluntários, localizada na Rua Brigadeiro Tobias, 659, no Jardim Sumaré.
Segundo a presidente da entidade, Rogéria Bueno Cintra, existe atualmente cerca de 250 animais abandonados nas ruas da cidade, entre cães e gatos, na mesma proporção. Ela considera o número “excessivo” e “alarmante”, diante da população humana de Regente Feijó, estimada em cerca de 20 mil moradores.
“É um contingente altíssimo para uma cidade tão pequena. Estes animais enfrentam o sofrimento, a fome e o frio. Estão feridos e adoentados, com risco iminente de morte. O que nos move é o amor e objetivamos a proteção dos animais contra a crueldade humana”, afirma Rogéria.
Ela explica que o primeiro ponto a ser buscado pela associação é o controle da natalidade dos animais, através da castração ou esterilização.
Outro projeto dos voluntários é a realização de campanhas de conscientização nas escolas do município contra o abandono e, principalmente, sobre o controle da natalidade e a guarda responsável dos animais.
A entidade também pretende fazer um levantamento completo sobre o número de animais abandonados nas ruas da cidade.
Segundo Rogéria, os integrantes da associação já atuam voluntariamente na defesa dos animais há vários anos, inclusive conseguindo a castração. No entanto, ela espera resultados mais efetivos através da associação.
“Isoladamente, temos pouca força. Só na porta da minha casa já colocaram mais de 30 filhotes, entre cães e gatos. Através das campanhas, queremos conscientizar a população de que o animal não é um ser descartável”, explica a presidente.
Nos próximos dias 18 e 25 de agosto, o grupo de Regente Feijó vai aderir a movimentos nacionais em defesa dos animais. O segundo ato, inclusive, contará com uma marcha, às 13h, no Parque do Povo, em Presidente Prudente (SP).
Conforme Rogéria, a associação não pensa, inicialmente, em lutar pela construção de um abrigo para animais abandonados em Regente Feijó. “É mais sacrificante, porque passa a ser uma prisão, um depósito de animais”, explica. No entanto, ela considera que o tema pode vir a ser discutido.
Cada membro da entidade é um sócio, com doação espontânea de dinheiro para a esterilização emergencial de fêmeas abandonadas. Mas a associação também pretende buscar ajuda do Poder Público e parcerias com médicos veterinários, segundo Rogéria.
Para auxiliar no trabalho de conscientização e de denúncia de maus-tratos, a associação lançará uma página com a divulgação de informações em redes sociais na internet. Outra ideia é a realização de feiras de adoção, além de eventos para arrecadar fundos, como chás e bingos.
Fonte: iFronteira.com