Dez voluntárias, entre os que gostam de animais e veterinários, estiveram no terreno citado pela reportagem e acompanharam a visita de uma equipe da Zoonoses, que fiscalizou o local. Nenhuma irregularidade foi encontrada pela equipe e apenas uma notificação foi feita aos presentes, para que cercassem melhor o espaço afim de evitar que os animais ali abrigados fugissem para a avenida. O presidente da Associação de Proteção aos Animais, Jessé Cubas Garcia, disse que, apesar de pertencer a outra entidade, estava representando a equipe de voluntários do Centro de Apoio e Proteção aos Animais (Capa), existente informalmente há 5 anos.
Ele disse que a equipe é responsável e protege animais encontrados abandonados pelas ruas da cidade. A veterinária Alessandra Castro, que esteve no local, se apresentou como voluntária e disse que o idealizador da entidade é Marcos Aurélio Moreira, que desenvolve um trabalho sério junto dos animais. “Nossos cães estão todos bem, protegidos, todo terreno cercado. Todas as feiras de animais e locais onde é possível, nós nos reunimos e fazemos doações. Não somos uma entidade legalizada, mas nosso trabalho vai além, nós fazemos o que é possível”, defendeu ela. Acrescentou que a entidade tem atualmente 30 animais recolhidos e que devem ser doados nos próximos dias.
Quem esteve lá também foi a aposentada Maria Helena Panegassi, que se disse apaixonada por animais e colaboradora do Capa há mais de um ano. “Venho todos os domingos dar uma olhada nos cães e verificar se estão bem”, falou. Um morador próximo, caseiro de uma propriedade, Ageo Carvalho Tomás, esteve no local e disse que a matança de galinhas nas chácaras vizinhas foi ocasionada por cachorros de outras propriedades e não pelos da entidade. “Eu também tive galinhas mortas e sei que não foram os cachorros deles”, falou. Alessandra Castro argumentou que muitas pessoas, que sabem do trabalho do Capa, deixam animais indesejados no local, o que na sua opinião justifica o problema com os vizinhos.
Por telefone, Marcos disse que as denúncias de maus-tratos são infundadas e que a entidade se mantém com doações de pessoas que gostam de animais. Os presentes também preferiram não procurar os vizinhos reclamantes com a justificativa de que não queriam mais confusão ou problemas.
Fonte: Cruzeiro do Sul