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Voluntários abrem portão de casa para abrigar animais abandonados, em RO

3 de março de 2016
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Nas casas, animais recebem carinho e tratamento de amigos (Foto: Rede Amazônica/ Reprodução)
Nas casas, animais recebem carinho e tratamento de amigos (Foto: Rede Amazônica/ Reprodução)

Um grupo de voluntários em Porto Velho tem se dedicado a cuidar de animais abandonados nas ruas da capital. Como o município não possui um local para receber e abrigar os animais que são abandonados nas ruas pelos próprios tutores, alguns amigos decidiram abrir os portões de casa para alimentar, medicar e dar carinho aos cachorros.

O projeto “Protetores Voluntários” é desenvolvido na capital por um grupo de amigos que se uniu para amenizar o sofrimento dos animais soltos nas ruas. O trabalho começou há cerca de 6 meses. “Os protetores no caso, têm um projeto que resgata animal abandonado e faz a castração deles, onde depois devolvem para o local de origem”, explica a estudante Andria Caroline.

Um dos animais que ganhou uma nova chance foi o cachorrinho Paçoca, encontrado abandonado na região central de Porto Velho. O filhote recebeu todos os cuidados necessários pelo veterinário e já está pronto para a adoção. “A gente não tem abrigo, geralmente também não tem uma arrecadação fixa”, esclarece Andria.

A situação dos animais abandonados pode mudar em breve, isso porque na semana passada uma liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública determinou que a prefeitura de Porto Velho passe a oferecer atendimento médico-veterinário a animais abandonados em vias públicas, sejam eles vítimas de atropelamento, maus-tratos ou em estado de vulnerabilidade. O prazo é de 30 dias.

A Secretaria de Saúde informou que ainda não recebeu notificação. “Mas nós entendemos que a determinação judicial é importante, temos que cumprir, vamos recorrer do prazo, porque o prazo é muito curto. O que não se fez em quinze anos não vai se resolver em 30 dias”, diz Domingos Sávio, titular da Secretaria Municipal de Saúde.

As amigas voluntárias do “Protetores Voluntários” tornaram-se quase irmãs em prol do amor pelos animais e esperam que a recomendação seja cumprida com urgência. “É o que nos junta, porque não é nada atrelado ao trabalho, não é nada atrelado a uma coisa que faça rotineiramente, então é uma coisa que a gente tem em comum, apesar de tantas diferenças”, descreve Andria.

Guerreiro

Nem todos os animais tiveram a sorte de serem abrigados pelos voluntários. Um desses casos é o de um cavalo, chamado Guerreiro, abandonado nas ruas, que causou comoção nas redes sociais.

“Chegando no local, encontrei o animal com várias escaras de lesões, bastante desidratado, com várias lesões nos membros posteriores e até nos membros anteriores devido à corda, vários machucados de escaras mesmo devido ele estar se batendo. Os moradores da região falaram que alguns garotos tinham maltratado muito”, conta o veterinário Vanderson Camargo.

Sem apoio de nenhum órgão público, voluntários chamaram um guincho para tentar salvar o animal, mas toda a ação não foi suficiente. “Ele morreu devido o sistema imunológico dele que estava muito baixo, e não desistiu”, comenta a estudante Maquezia Furtado.

Fonte: G1

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