Apesar das estatísticas policiais apontarem um baixo número de furto de animais, delegado faz alerta
O caso do filhote Dudu, que foi furtado de um pet shop na última semana em Bauru, fez os tutores de animais de companhia ficarem de orelha em pé, preocupados com a segurança de seu bichos.
Porém, segundo os registros policiais da cidade, crimes dessa natureza ainda são algo raro por aqui.
O delegado Dinair José da Silva, titular do 1º Distrito Policial, conta que os registros não passam de dez por ano. Mas ele faz um alerta. “Muitas vezes as pessoas ficam na dúvida sobre o que realmente pode ter acontecido quando um animal some e, por isso, não procuram as autoridades”, diz.
A fuga é sempre a possibilidade mais levantada e, de frente com a incerteza, os tutores não chegam a registrar o boletim de ocorrência sobre o sumiço. “Sendo assim, a polícia não tem como investigar para saber o que de fato ocorreu. Pelo sim, pelo não, o bom é sempre registrar o boletim”, avisa Dinair.
Com os registros em mãos, a polícia tem como levantar estatísticas e acionar seus órgãos de inteligência para apurar os fatos e interceptar possíveis criminosos.
“Às vezes, o animal em questão é um vira-lata. Mas pode ser que ele seja um cão de guarda e foi furtado para diminuir a segurança da casa”, alerta.
Furtos de animais de companhia não são considerados crimes ambientais – como a questão de maus-tratos, por exemplo – e, sendo assim, a reclamação pode ser registrada em qualquer delegacia.
Animais furtados ou até roubados são usados para revenda. Quem compra esses animais acaba indiretamente contribuindo com o crime e pode até ser enquadrado por receptação. “Se for comprovado que a pessoa pagou um valor muito abaixo do mercado e que comprou de pessoa ou local suspeito, ela pode, sim, vir a ser indiciada também”, alerta Dinair.
O caso
O dálmata Dudu foi furtado de uma clínica veterinária no sábado passado, após ter passado por uma cirurgia nos dois olhos. Ele foi abandonado pelos ladrões em um bairro da periferia da cidade, provavelmente devido à repercussão do caso.
Depois do resgate, ele passou dois dias na clínica veterinária, muito debilitado, por ter ficado sem os cuidados necessários do pós-operatório, e com dor de ouvido por ter ficado exposto à chuva. Agora, em casa, ele passa bem com a família e está se recuperando do trauma.
Fuga ou furto?
Verifique se a casa está segura
Cheque, em toda a residência, se alguma porta foi forçada ou se na área em que o animal costuma ficar, fechaduras e cadeados foram danificados
Procure por pistas e rastros
Verifique, por exemplo, se há marcas nas paredes da sua casa de pés ou escadas, que indicariam a possível passagem de alguém pelo local
Converse com os vizinhos
Pergunte para as pessoas da sua rua se alguém chegou a notar a presença de indivíduos desconhecidos próximos à sua casa nas horas que antecederam o sumiço do seu bichinho de estimação
Pelo sim, pelo não…
Mesmo na dúvida, vale a pena comunicar a polícia sobre o fato. O boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia da cidade
Fonte: Rede Bom Dia