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INVESTIGAÇÃO

'Você não sabe a dor que isso causa', diz Cauã Reymond após ter cão envenenado; polícia ouve tutores de cães que foram vítimas

10 de junho de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Instagram

Quatro pessoas que denunciam casos de envenenamento contra cachorros na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, já procuraram a delegacia de proteção ao meio ambiente. A suspeita é que uma substância tóxica foi espalhada por canteiros, calçadas e ruas do bairro.

Juliana Salinas, administradora, era tutora de uma cachorra, chamada Mel, de 11 anos, que morreu após ter passado mal devido a um caso de intoxicação.

Ela disse que ficou sabendo de apenas cinco casos até a morte de Mel, no dia 8 de maio. Porém, os relatos começaram a aparecer muito rapidamente em grupos de mensagens de moradores do bairro.

“Desde então, os casos não pararam. Uma amiga veterinária disse que vem todo dia um caso grave. Então, isso não foi uma fatalidade. Já temos vários casos. Quando vimos esse volume, viemos registrar para que isso possa parar”

Isabela Junqueira, publicitária, contou que seu cão, Dior, de 14 anos, avançou nela antes de começar a passar mal, vomitar e sofrer de diarreia.

“Eu saí correndo para o veterinário e acho que foi o que salvou a vida dele. Lá, eu fui comunicada que poderia ser um caso de envenenamento”, relatou. O cão teve pancreatite, peritonite e uma gastrite severa.

Ela disse que, dois dias antes disso acontecer, estavam pulverizando as calçadas com herbicida. Segundo a tutora, funcionários também colocam veneno de rato nos canteiros.

“Os sintomas de um cachorro que é envenenado com essa substância são exatamente o que ele teve”, define ela.

O ator Cauã Reymond teve dois cães envenenados. Nas redes sociais, ele contou que os animais comeram carne com chumbinho, que tinha sido jogada no seu quintal no Joá, Zona Sul do Rio.

“Quem fez isso, é uma maldade. Quem tem bichinho em casa, cuida do bichinho, ama o bichinho, gata, cachorro, não quer ver seu cachorro envenenado. Eu já tive quando criança, um cachorro envenenado, você não sabe a dor que isso causa”, desabafou o ator.

Isabela também relatou que um porteiro disse que encontrou chumbinho próximo ao prédio, o que poderia indicar um envenenamento proposital. “Esse tipo de veneno pode contaminar até lençol freático”, disse a publicitária.

O vereador Luiz Ramos Filho, acompanhado do colega Doutor Marcos Paulo, acompanharam os tutores, representando a comissão de saúde animal da câmara. Segundo Ramos, imagens de câmeras podem ajudar a identificar os autores.

“O prefeito já colocou as câmeras do Cor à disposição para tentar identificar quem colocou esse material que veio a envenenar esses animais”, destaca o vereador.

Fonte: G1

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