— Você come muitos vegetais, então a sua comida é cheia de agrotóxicos, logo você tem mais chances de morrer do que eu.
— Será? Quantas pessoas você conhece que adoeceram pelo consumo excessivo de proteína animal? E agora me diga quantas ficaram doentes em consequência do consumo “excessivo” de vegetais? Pesticidas, herbicidas e fungicidas são um problema, não nego, e precisamos discutir a respeito. Mas você já considerou o fato de que a carne que você consome é proveniente de um animal que também se alimentou de agrotóxicos? A indústria precisa apenas garantir que esses animais sejam alimentados para que um objetivo seja alcançado, que é a produção de carne. Mas ela não tem obrigação nenhuma de não alimentá-los com alimentos que receberam aplicação de agrotóxicos, entre outros químicos, por exemplo. Até porque eles vão morrer de qualquer forma para depois irem para o seu prato. Pense nisso. Será que sou eu que estou consumindo mais agrotóxicos ou você? Há outro ponto a se considerar. A carne que você consome passa por um sistema fitossanitário que não garante uma higienização de 100%, o que significa que não se pode descartar sempre o risco de algum tipo de contaminação antes da carne chegar à sua mesa. Normalmente, o que a fiscalização vai avaliar é se isso pode ser nocivo ou não para o consumidor. E nesse contexto há variáveis e níveis considerados aceitáveis de contaminação.