Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Com 30.000 elefantes africanos mortos a cada ano por seu marfim, colocando a espécie em um risco real e iminente de extinção, ativistas pediram o desmantelamento do comércio global de marfim.
Esta semana, os ativistas dos direitos animais estão comemorando uma grande vitória nesta luta. Hong Kong, dito o maior mercado retalhista do mundo para o marfim, anunciou que iria eliminar progressivamente a venda legal de marfim na cidade.
De acordo com a CNN, o líder de Hong Kong, o Executivo Chefe Leung Chun-ying, disse em seu discurso anual de política que o governo vai “eliminar progressivamente o comércio de marfim local.” Ele também prometeu “aplicar sanções mais pesadas sobre o contrabando e comércio ilegal de espécies em perigo.”
Alex Hofford da WildAid Hong Kong, uma organização que fez campanha para a proibição de marfim na cidade há anos, disse à CNN que o grupo estava “absolutamente contente” com a notícia “fantástica.”
Importações e exportações de marfim foram proibidos em Hong Kong desde 1989, quando a negociação internacional de marfim foi proibida; no entanto, a cidade tem cerca de 400 vendedores licenciados que estão autorizados a negociar o material. No ano passado, um relatório da WildAid revelou como as brechas deste mercado legal estimula o contrabando de marfim e a caça de elefantes.
Outro relatório 2015 pela Save the Elephants revelou o quão robusto é o comércio de marfim de Hong Kong. “Nenhuma outra cidade pesquisada tem tantas peças de marfim à venda como Hong Kong,” Esmond Martin, co-autor do relatório, disse à Discovery News. Mais de 30.000 itens, principalmente jóias e estatuetas, foram descobertos em 72 lojas da cidade.
O relatório da Save the Elephants também descreveu Hong Kong como o terceiro maior centro de contrabando do mundo para o marfim depois da Quênia e da Tanzânia. A cidade é um importante ponto de trânsito para o marfim contrabandeado da África para a Ásia – particularmente a China continental, maior consumidora mundial de marfim ilegal. Mais de 90 por cento das vendas de marfim de lojas de Hong Kong foram para os compradores da China continental, descobriu o relatório.
Ativistas disseram que para salvar elefantes africanos da extinção, a ação global contra a caça tem de ser tomada imediatamente.
“Esta espécie pode estar extinta no nosso tempo de vida, dentro de uma ou duas décadas, se a tendência atual continuar,” Dune Ives, pesquisador sênior da organização filantrópica Vulcan, disse ao The Guardian em março passado. “Em cinco anos nós podemos ter perdido a oportunidade de salvar este animal magnífico e icônico.”
*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.