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Vítima de queimada no interior de SP, tamanduá-mirim pode ficar cego

13 de setembro de 2009
2 min. de leitura
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Um tamanduá-mirim foi a mais nova vítima das queimadas irregulares na região de Assis, a 434 km de São Paulo. O animal foi encontrado pela Polícia Ambiental na beira de uma estrada bastante debilitado.

Tamanduá-mirim teve as patas e a cabeça queimada e corre risco de ficar cego, segundo veterinários de Assis (Foto: Aguinaldo Marinho de Godoy/Apass)
Tamanduá-mirim teve as patas e a cabeça queimada e corre risco de ficar cego, segundo veterinários de Assis (Foto: Aguinaldo Marinho de Godoy/Apass)

O pequeno tamanduá-mirim estava desidratado e foi levado às pressas para uma clínica veterinária, onde recebeu os primeiros socorros. Cerca de 40% do corpo foi queimado. As partes mais atingidas foram as patas e a cabeça. Tudo indica que o animal dificilmente voltará a enxergar. Mas o maior desafio é mantê-lo vivo.

O representante da Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis, Agnaldo Marinho de Godoi, acompanhou o drama do tamanduá-mirim. E, apesar da situação em que o bicho se encontra, tem esperança de levá-lo para o novo lar e, assim, garantir a sobrevivência da espécie.

Casos como este se tornaram comuns na região de Assis. No último ano, seis onças-pardas, espécie também ameaçada de extinção, foram encontradas mortas. A maioria foi atropelada nas rodovias ao fugir das queimadas nas plantações de cana-de-açúcar.

Em junho, dois filhotes de onça-parda morreram vítimas da queimada em um canavial. Um deles chegou a ser levado para a clínica veterinária ainda vivo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu três dias depois. Em novembro do ano passado, em Paraguaçu Paulista, uma jaguatirica e um tamanduá-mirim foram soltos ma mata depois de receberem tratamento.

As queimadas, tanto na zona rural, quanto na zona urbana, são crimes ambientais. Pôr fogo na cana-de-açúcar só é permitido com licença da Cetesb e durante a noite.

Fonte: G1

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