Por Juliana Meirelles (da Redação)
Um surto de sarampo, vírus que afeta golfinhos, tornou-se o maior da história – o que resulta em 753 golfinhos que apareceram em praias ao longo da costa leste desde julho. As informações são do Daily Mail.
E está ficando cada vez pior. Como diversos grupos de baleias migram para o sul no inverno, elas podem espalhar morbilivírus a grupos locais na Flórida.
A única outra vez que um surto tão grave aconteceu foi entre agosto de 1987 e abril de 1988, quando o vírus matou 740 golfinhos.
O surto atual já ultrapassou o número de mortos e caso se desenrole no mesmo período de tempo, ainda não está sequer na metade.
Enquanto o vírus não afetou outras espécies de golfinhos no Norte e Meio Atlântico, há evidências de que ele pode estar matando outros animais após os corpos de cinco baleias terem sido encontradas recentemente em decomposição nas praias.
Pesquisadores da Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (NOAA), não foram capazes de confirmar ainda se essas baleias estavam sofrendo com o mesmo vírus, pois seus corpos estavam “muito decompostos”.
Teri Rowles, da NOAA, disse em uma teleconferência que o número de baleias encalhadas mortas é “um pouco” elevado “que o habitual, mas que é muito cedo para saber se há um surto na população de baleias”.
Golfinhos continuam aparecendo nas praias da Costa Leste, mas cada vez mais estão aparecendo nas regiões ao sul, enquanto os grupos de golfinhos migram para a Flórida para o inverno.
Os pesquisadores agora estão com medo de que o surto vá piorar e se espalhar para as populações locais de golfinhos em águas mais quentes. O vírus se espalha com o contato e ar compartilhado.
“Nós não sabemos como isso vai acabar”, disse Rowles.
Infelizmente, tudo que os pesquisadores podem fazer é assistir o surto se desdobrar.
“Não há vacina que possa ser implantada para uma grande população de golfinhos ou quaisquer espécies de cetáceos. Atualmente, não há nada que possa ser feito para evitar que a infecção se espalhe, ou evitar que os animais que estão infectados tenham uma doença clínica grave”, disse ela.
Embora a doença não possa ser transmitida aos seres humanos, ela tem o potencial de impactar as pessoas.
O vírus deixa os golfinhos suscetíveis a doenças secundárias ou vírus que têm a possibilidade de infectar os seres humanos se eles entrarem em contato com as criaturas do mar apodrecendo na praia.
A NOAA recomenda que os golfinhos ou baleias encalhadas sejam comunicados aos coordenadores de encalhe locais.
“O que estamos tentando impedir é que as pessoas as empurrem de volta”, disse Rowles.