De acordo com a publicação da GIZMODO, no portal UOL, biólogos detectaram no Havaí uma cepa desconhecida de Morbillivírus em cetáceos (mamíferos aquáticos). O patógeno pode causar infecções mortais. O vírus foi detectado em um golfinho-de-fraser solitário – espécie altamente sociável – gerando preocupações sobre a expansão da doença a nível global.
Em 2018, o golfinho ficou preso na costa de Maui. Apesar do corpo em boas condições, seus órgãos e células davam alertas de doenças.
Após uma análise genética, de culturas de células, foi diagnosticado uma nova cepa divergente de Morbillivírus, que os cientistas desconheciam anteriormente. E, como a pesquisadora associada do Instituto Havaí de Biologia Marinha da UH Mãnoa, Krisi West, explicou em um comunicado à imprensa.
Os golfinhos-de-fraser são bastante sociáveis e amigáveis. A incidência traz um alerta aos gestores da vida selvagem marinha.
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É muito importante para nós aqui, no Havaí, avaliarmos a situação, porque temos outras espécies de golfinhos e baleias – cerca de 20 que chamam a região de lar – que também podem ser vulneráveis a um surto deste vírus”, acrescentou a pesquisadora. “Um exemplo são nossas falsas baleias assassinas ameaçadas de extinção – na quais há uma estimativa de apenas 167 indivíduos restantes. Se esse novo agente se espalhar por essa população, isso não só representa um grande obstáculo para a recuperação da população, mas também pode ser uma ameaça de extinção.’’
Incidentes anteriores com as novas cepas de Morbillivírus, resultaram em altas taxas de mortalidade entre golfinhos no Brasil e na costa Oeste da Austrália. Estima-se que, aproximadamente 200 golfinhos da Guiana morreram da doença em novembro.
O laboratório de Health and Stranding consegue recuperar em média, menos de 5% dos cetáceos que morrem nas águas do Havaí. A equipe pede ao público, que faça relatos, caso aviste mamíferos mortos ou em perigo, para a rede de cuidados marinhos NOAA Marine Wildlife Hotline.
Atualmente, a NOAA, trabalha em um programa de vacinação contra o Morbillivírus, para criar uma imunidade em massa entre as focas-monge ameaçadas de extinção no Havaí.