Em 2019, o Brasil matou mais de 5,888 bilhões de animais criados para consumo, mas considerando apenas os números de frangos, porcos e bois mortos, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Aumento de mais de 112 milhões
Ou seja, o total é muito maior se incluirmos outras espécies terrestres e não terrestres criadas ou capturadas para consumo.
Além disso, esse número já representa um aumento de mais de 112 milhões de animais mortos em comparação com 2018, quando o total foi de 5,776 bilhões.
Para ser mais específico, 5,70 bilhões de frangos foram mortos no país em 2018. Já em 2019, o número subiu para 5,81 bilhões. Em relação aos porcos, 44,20 milhões morreram nos matadouros em 2018. Em 2019, o total foi de 46,08 milhões.
490,666 milhões de mortos por mês
Muito mais bois também acabaram nos açougues no ano passado – 32,24 milhões. Em 2018 foram contabilizados 31,90 milhões. Isso significa que o Brasil matou em 2019 pelo menos 490,666 milhões de três espécies de animais terrestres por mês – as mais reduzidas a produtos e consumidas no país.
Por dia, são mais de 16,355 milhões de mortos, assim como mais de 681 mil por hora e pelo menos 11.355 por minuto. Nos matadouros, o tamanho do animal determina a facilidade e velocidade do abate.
Em relação aos bois, o minuto que se leva para matar 62 bois é o suficiente para tirar a vida de 88 porcos e, surpreendentemente, 11,1 mil frangos. Ou seja, 11.250 vidas de animais ceifadas em apenas 60 segundos para atender predileções do paladar que refirmam a cultura da violência no prato.
Morte extremamente precoce é a norma
No Brasil, frangos costumam ser mortos a partir dos 30 dias de idade, embora tenham expectativa de vida de pelo menos 12 anos. Os porcos, mortos com seis a nove meses, poderiam viver por 15 anos. Já os bois têm seu ciclo de vida interrompido pela indústria com 14 meses, no caso do novilho superprecoce, e a partir de 30 meses – quando adulto. Ou seja, na “melhor das hipóteses”, um boi vive somente 1/8 do que poderia – já que ele tem condições de chegar a até 20 anos.
É importante considerar também que os cálculos envolvendo números de frangos, porcos e bois mortos no país normalmente são fundamentados em dados coletados a partir de frigoríficos regulamentados. Ou seja, o número é muito maior se pensarmos em matadouros clandestinos, que pertencem à outra realidade pouco conhecida e divulgada no Brasil.