A Vigilância Sanitária deu parecer contrário ao projeto de lei que cria as casas de apoio para animais abandonados. Agora a matéria retorna para a avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária Thiago Monteiro, a proposta não conta com parâmetros de zoneamento, tamanho de terreno e questões de saneamento básico necessários para legalizar a situação sem trazer danos à saúde pública.
“Se o projeto for aprovado do jeito que está, qualquer amigo de animais vai ter quantos bichos quiser, do jeito que puder”, alerta Monteiro.
Em junho deste ano, a Coordenadoria de Bem-Estar Animal recolheu 60 gatos e um cachorro abandonados em uma casa no Centro, em Florianópolis. Uma mulher de 66 anos os mantinha no ambiente. Os vizinhos fizeram a denúncia depois que ela ficou mais de uma semana sem alimentar os bichos.
“Para solucionar o problema dos animais de rua, é preciso uma discussão ampla com a participação de toda a sociedade”, diz Monteiro.
A coordenadora do Bem-Estar Animal, Maria da Graça Dutra, confirma que não há como hospedar os cães e gatos abandonados no Centro de Zoonoses da prefeitura da Capital. A entidade foca o trabalho na castração oferecida para animais de moradores de baixa renda.
Fonte: Diário Catarinense