A Vigilância Sanitária de Itumbiara, no sul de Goiás, apreendeu um cavalo que era criado dentro de uma residência, no Setor Santos Dumont. Imagens feitas no momento da apreensão mostram o local em condições consideradas insalubres, com acúmulo de lixo e fezes do animal. O mau cheiro causado pela situação incomodava os vizinhos da casa, que denunciaram o tutor do equino.
“Quando chove vai bagunça para porta da gente. Quando venta, vai também. Já sofri muito com essa sujeira, não gosto nem de passar aqui”, relata a vizinha, Josefa de Paula.
Após ser apreendido, o equino foi levado ao Centro de Zoonozes. “O cavalo só foi liberado depois que o tutor comprovou que providenciou um local adequado e afastado de residências para manter o animal”, afirma o diretor da Vigilância Sanitária de Itumbiara, Hebert Andrade.
Por lei, não é proibido criar animais como cavalos ou galinhas em casa, desde que as condições sejam higiênicas e não representem riscos à saúde, nem incomodem a vizinhança. A exceção à regra é o caso dos porcos, que não podem ser criados em zona urbana ou próximos a mananciais.
Segundo a Vigilância, o tutor do cavalo apreendido explora o equino para tracionar uma carroça, com a qual faz fretes para a construção civil. A apreensão denuncia um problema considerado grave por Hebert Andrade: o alto número de pessoas que sobrevivem de atividades que exploram animais em veículos de tração.
De acordo com estimativa do órgão, em média, 150 pessoas usam os animais para fazer fretes ou recolher material para reciclagem em Itumbiara, cidade que possui aproximadamente 95 mil habitantes. “É preciso repensar esse costume”, acredita o diretor. Para ele, a prática coloca em risco a vida do tutor, do animal e de motoristas.
Ainda segundo a Vigilância, aproximadamente 40 animais de grande porte, como cavalos e mulas, são apreendidos todo mês nas vias públicas da cidade. O objetivo é evitar acidentes de trânsito e transmissão de doenças.
Fonte: G1