Representantes da Vigilância Santiária e do Centro de Controle de Zoonoses de Piracicaba denunciaram nesta sexta-feira (13) uma mulher de 47 anos, que possui em casa 30 animais, entre cães e gatos, no bairro Jardim Glória. Os profissionais registraram um boletim de ocorrência de maus-tratos e crueldade contra animais. A ação foi tomada depois que fiscais dos dois órgãos estiveram nesta quinta-feira na residência e foram impedidos de entrar para constatar a situação.
No BO, os fiscais relatam que chegaram ao local por meio de uma denúncia anônima na última segunda-feira. O tutor deixou entrarem até a garagem, onde a veterinária responsável pela fiscalização notou a grande quantidade de animais, alguns muito magros e com problemas na pele. A tutora foi notificada para que as instalações fossem reformadas em um prazo de 30 dias e fossem feitos laudos atestando a saúde dos animais. Os documentos deveriam ser entregues na quinta.
“Quando a veterinária e a responsável da vigilância chegaram à casa, o marido da mulher barrou a entrada e só apresentou laudo de um dos cachorros, que também não havia sido feito por um hospital. Por isso resolvemos levar o caso à polícia. Ele disse que só entraríamos na residência com um mandado judicial”, explica a coordenadora do Centro de Zoonoses Eliane de Carvalho Silva.
Segundo Eliane, as medidas tomadas são as mesmas feitas em qualquer caso de denúncia que chegue ao CCZ. “A tutora disse que quer criar uma ONG e cuidar dos animais. Mas nós precisamos saber as condições para ajudar, se for o caso. Oferecemos cuidados médicos e castração sem custo nenhum, mas ela recusou”, conta.
A coordenadora explica que na próxima semana será feito um pedido junto à Promotoria Pública do Meio Ambiente para que consigam entrar no local e atestar as condições. Uma nova fiscalização para conseguir os laudos também será realizada nos próximos dias. “Respeitaremos o período de 30 dias para a estrutura ser modificada, mas precisamos desses exames para constatar a saúde dos animais”.
O EP Piracicaba tentou contato por telefone com a dona da residência, que não foi localizada no número que consta no boletim de ocorrência. Ao delegado, ela disse que todos os animais são bem tratados, negou qualquer precariedade na estrutura e disse que foi orientada por seu advogado a barrar a entrada da fiscalização.
Fonte: EPTV