EnglishEspañolPortuguês

SOLIDARIEDADE

Vídeo: turistas e moradores oferecem comida aos monges para ajudar a alimentar cães que vivem em templos na Tailândia

Registro mostra laços de cuidado entre os monges budistas e os animais, um dos ensinamentos de Buda.

12 de maio de 2025
Júlia Zanluchi
4 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução

Uma cena linda conquistou os corações de milhares de pessoas na Tailândia — e rapidamente se espalhou pelo mundo através das redes sociais. Um monge budista foi flagrado chegando de barco a uma vila ribeirinha para realizar o tradicional ritual de oferendas, o Tak Bat, acompanhado por nada menos que 13 cachorros dóceis e necessitados. A imagem, que viralizou, é um lindo exemplo da harmonia entre espiritualidade, simplicidade e amor pelos animais.

 
O Tak Bat é uma prática diária na tradição budista, em que monges saem pelas comunidades para receber doações de alimentos dos moradores, tanto para eles mesmos, quanto, neste caso, para os animais.É uma maneira dos monges cultivarem humildade e conexão com o povo, ao mesmo tempo em que proporcionam aos fiéis uma oportunidade de praticar generosidade e gratidão. O que tornou esse momento especialmente comovente foi a presença dos cães, que seguiam o monge de maneira serena, quase reverente, como se compreendessem o significado do ritual.
 
Durante a oferenda, uma moradora se aproximou para entregar alimentos ao monge. Seu gesto foi retribuído com gratidão e um silencioso reconhecimento, enquanto os cachorros permaneciam calmos ao redor, demonstrando confiança e afeto. Outros moradores também se aproximaram para fazer doações e interagir com os animais, que são acolhidos e respeitados pela comunidade.

O vídeo simboliza a conexão entre o ser humano, os animais e a espiritualidade.

Relação entre monges e animais

Na Tailândia, a tradição de monges e monjas cuidarem de cães e gatos rejeitados provavelmente começou com os ensinamentos de Buda, que exigia que seus seguidores fizessem um voto de não causar mal aos seres vivos, o que inclui também cuidar dos animais.

Nem todos os animais dos templos são acolhidos dentro das residências ou cuidados pessoalmente pelos monges, porque geralmente são muitos. Mas mesmo os que dormem do lado de fora ainda recebem comida toda manhã, depois que os religiosos tomam café da manhã.

O bioquímico David Wooster fez uma uma viagem à Tailândia em 2007 e ficou imediatamente encantado com os “animais dos templos” e seus cuidadores. Em entrevista publicada na Pixel Magazine, ele conta que conheceu um monge de 93 anos que tinha artrite e era cego de um olho, mas ainda assim cuidava de aproximadamente 30 gatinhos todas as manhãs. Alguns dos gatos eram selvagens, e ele ainda assim levava comida até o portão da frente para eles.

    Você viu?

    Ir para o topo