A cidade de Dnipro, no Leste da Ucrânia, foi alvo de novos ataques com foguetes feitos pela Rússia na manhã de ontem (29/09). Durante a tentativa de resgate das vítimas, um cão foi encontrado parado sobre os escombros de uma casa destruída, onde as quatro pessoas da família, que moravam com ele, morreram.
De acordo com o Centro de Comunicação Estratégica e Segurança da Informação (Stratcom Centre UA), órgão do Ministério da Cultura e Política de Informação da Ucrânia, o cão, chamado “Crimeia” (nome dado em homenagem à península tomada pela Rússia em 2014, de onde ele foi resgatado), é o mais velho de dois cães da família.
Segundo a entidade, os socorristas encontraram o cão idoso, que seria cego e surdo, em estado de choque nos escombros, tendo encaminhado ele a um veterinário. Ainda de acordo com a Stratcom Centre UA, a dona da casa, Natalia, teria morrido soterrada sob os escombros com os filhos Vasilisa, de 12 anos, e Ivan, de 8, e a avó, Alla. Eles teriam um outro cachorro, chamado “Jack”, que, segundo as autoridades, também foi morto no ataque.
O único sobrevivente da família seria o pai, que serve no exército ucraniano e estava perto de Lyman, em Donbass. Segundo a imprensa local, ele voltou para casa no dia do lançamento do foguete e encontrou apenas os escombros de sua casa e as notícias de sua família morta.
“As ações investigativas primárias estão em andamento, os dados estão sendo esclarecidos. As equipes de resgate continuam a desmontar os escombros – eles estão procurando pessoas, pode haver crianças lá”, disse, em comunicado, a Procuradoria Regional de Dnipropetrovsk.
Segundo o jornal alemão Berliner Kurier, a casa provavelmente foi atingida por um míssil Raduga Ch-22, do qual apenas o projétil disparado pesaria quase uma tonelada. Eles também foram usados nos lançamentos de foguetes em um shopping center na cidade de Kremenchuk.
De acordo com a Procuradoria Regional de Dnipropetrovsk, militares russos lançaram foguetes contra bairros residenciais, atingindo mais de 60 casas, alguns prédios e um mercado, além de ônibus, carros e linhas de energia.
Fonte: O Globo