Golfinhos são uma das espécies mais complexas e inteligentes do planeta. Capazes de criar laços sociais e emocionais profundos com os demais membros de seu bando, eles são extremamente autoconscientes. O vínculo entre uma mãe e um filhote de golfinho é um dos mais fortes da Terra. Somando-se à beleza desses animais está o fato de que eles também têm cérebros grandes e desenvolvidos que lhes permitem aprender e se ajustar ao ambiente. Os golfinhos demonstraram até mesmo a capacidade de imitar a fala e as vocalizações humanas. Mas, apesar das qualidades e da beleza dos golfinhos, os humanos ainda insistem em mantê-los em cativeiro nos parques aquáticos.
O vídeo acima captura a tristeza e a solidão de um golfinho que nascido para ser livre, conviver com os seus iguais, nadar quilômetros no oceano, é mantido cativo em um ambiente artificial. Este bebê golfinho vive atualmente no Loro Parque na Espanha.
Na descrição do vídeo postado no YouTube, as pessoas que filmaram o golfinho explicam: “Filmamos esse filhote de golfinho, depois de um show, por mais de 10 minutos, até que nos pediram para sair. Quando questionamos os treinadores sobre o por que desse golfinho ter sido deixado sozinho por tanto tempo no calor, sem sombra, eles se tornaram extremamente defensivos e agressivos, afirmando que o golfinho não estava sozinho – o que vai contra as imagens do vídeo – fomos então conduzidos para fora do local pela segurança”.
O que vemos é um animal sem propósito, balançando-se indiferente na superfície da água, ansiosamente esperando por atenção, sinais que revelam indiscutivelmente severo sofrimento mental. O tédio e a frustração da vida preso em um tanque leva os golfinhos a terem comportamentos compulsivos, como nadar em círculos repetitivamente, balançar a cabeça em atitude “bicante” indefinidamente e ficar imóveis na superfície ou no chão do aquário por longos períodos de tempo. Muitos golfinhos também são vistos batendo-se contra as paredes laterais dos tanques. Em desespero absoluto, esses animais também podem decidir parar conscientemente de respirar e acabar com suas próprias vidas.
Ao se recusar a contribuir com essa indústria cruel onde a dignidade desses animais, tão distintos por sua inteligência e sensibilidade é ferida dia após dia em favor de um suposto “entretenimento” humano, é um passo dado em favor dos golfinhos.
Ao trazer o assunto à discussão, compartilhar vídeos como este, e disseminar a conscientização sobre o que realmente acontece nesses “shows” é outro movimento em prol desses animais tão violentamente escravizados.