A ativista e bióloga especializada em peixes, Alexandra Morton, afirmou ter ficado chocada com a filmagem.
“Fiquei chocada e francamente enojada. Esses peixes possuem feridas abertas, piolhos do mar, bolhas em toda a pele e um número perturbador deles está ficando cego”, disse.
Morton disse que a filmagem também sinaliza o que ocorrendo nas águas do Pacífico depois da fuga de potencialmente centenas de milhares de salmões do Atlântico explorados em San Juan Islands, ao Leste de Victoria. O salmão do Atlântico é considerado invasivo nas águas do Pacífico.
As cenas foram capturadas em duas fazendas de salmão pertencentes à Grieg Seafood e localizadas perto de Broughton Island, informou o DeSmog Canada.
A região se opõe à piscicultura em suas águas tradicionais há 30 anos e distribuiu notificações de despejo para as empresas do setor. “Esses peixes estão realmente doentes”, diz Ernest Alfred, membro do Nagmis and Lawit’s.
George Quocksister Jr. realizou as filmagens enquanto viaja para fazendas de peixes a bordo da embarcação de pesquisa Martin Sheen, fornecida pela Sea Shepherd Conservation Society.
“Quando digo que há doença nesses salmões criados em fazenda, isso não é um palpite. Mais de 80% dos salmões de fazendas estão infectados com reovírus de piscinas”, declarou.
Atualmente, Morton luta no tribunal contra o Departamento das Pescas e Oceanos e o Ministro das Pescarias, Dominique Leblanc, para evitar que mais salmões do Atlântico infectados com o vírus acabem nas águas de B.C.
Ele explicou que os recintos nos quais os peixes vivem são uma fonte altamente concentrada de resíduos e de doenças que ameaçam também outras espécies.
“Do ponto de vista biológico, esta filmagem oferece uma ideia da escala dos agentes patogênicos que saem das fazendas e sabemos que uma única partícula neste oceano pode percorrer 10 quilômetros em pouco tempo”, disse.