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CENA TRISTE

Vídeo de leão com má formação na cabeça mostra a crueldade da endogamia em cativeiro

A reprodução forçada entre felinos aparentados mantidos em cativeiro, feita para gerar filhotes “atraentes” e lucrativos, tem produzido gerações de leões com mutações genéticas, deformidades e sofrimento crônico.

9 de outubro de 2025
Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Um vídeo que mostra um leão com uma evidente má formação na cabeça vem gerando grande comoção nas redes sociais, especialmente no Instagram, TikTok e Facebook. O leão, mantido em cativeiro em local ainda não identificado, apresenta deformidades associadas à endogamia forçada, prática comum em centros de reprodução que exploram grandes felinos para lucro e exibição.

Na natureza, os leões dificilmente se reproduzem entre parentes. Quando atingem cerca de dois anos, os machos jovens costumam deixar o bando justamente para evitar o acasalamento com mães ou irmãs.

No entanto, em cativeiro, essa separação natural é deliberadamente ignorada. Criadores forçam cruzamentos entre animais aparentados, como irmãos ou pais e filhos, em busca de características físicas “atraentes” para visitantes ou compradores, um processo cruel que resulta em problemas genéticos severos, deformidades e sofrimento vitalício.

Especialistas alertam que tais práticas não têm nenhum valor na reprodução para proteção das espécies. Pelo contrário, enfraquecem o patrimônio genético da espécie e perpetuam o sofrimento animal, muitas vezes apenas para alimentar a curiosidade pública ou o mercado do entretenimento.

O resultado é um desastre genético previsível. Com o tempo, genes recessivos que carregam mutações e doenças se manifestam, dando origem a filhotes com deformidades físicas severas, como a vista no leão do vídeo, além de uma série de problemas de saúde internos, imunodeficiências e sofrimento crônico.

O vídeo mostra a realidade de milhares de grandes felinos mantidos em condições precárias ao redor do mundo, usados como mercadorias vivas em nome de lucro e vaidade. É necessário denunciar e combater esses centros de reprodução ilegais, e questionar o papel das redes sociais na disseminação de vídeos que, mesmo involuntariamente, podem reforçar a exploração desses animais.

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