Segundo a organização não-governamental SOS Fauna, a estimativa de animais silvestres retirados da natureza anualmente é de 38 milhões. Embora possa representar um gesto de afeto, manter espécies de animais em cativeiro é ilegal. A punição de multa e de seis meses a um ano de detenção. Mas para os animais, o dano é, muitas vezes, irreparável.
O superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Rondônia, César Guimarães destaca que uma operação contínua, desde 2009, em conjunto com as polícias Federal e Rodoviária Federal e o Sipam, cujo principal objetivo é coibir a venda ilegal de madeira em Vilhena, tem produzido uma série de apreensões de animais. As principais vítimas são os pássaros da espécie Curió. Mas um dos desafios é o tráfico interno. “Ainda é um hábito cultural em Rondônia, manter animal silvestre em cativeiro”, destaca.
Entre as dez principais espécies traficadas no País figura entre os mamíferos, o macaco estrela; o tigre d´água entre os répteis, e o Canário da Terra, entre as aves. O último dado disponibilizado pelo Ibama, em 2002, foram apreendidas 62 espécies, entre papagaios, araras e até onças. Em Rondônia, o superintendente destaca a recorrência de venda de pássaros e a manutenção de macacos em cativeiro.
Fonte: Diário da Amazônia