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SAÚDE

Veterinário ensina como identificar a dor em animais domésticos

Os tutores são os primeiros a perceber a mudança no comportamento dos animais, mas será que conseguem identificar dores neles?

25 de outubro de 2024
Matheus Oliveira
4 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Diversos cuidados são descobertos, seja na área da saúde, comportamento ou nutrição. Sempre atentos, os tutores acompanham tendências de produtos que facilitem a rotina, ou que tornem a vida dos animais mais agradável. Porém, a comunicação entre animal e tutor ainda é muito complicada, pois os eles se expressam diferente dos humanos, fazendo com que algumas situações, como em caso de dores, não sejam compreendidas e identificadas.

Para entender melhor sobre o comportamento dos animais que sofrem por alguma dor, conversamos com o médico-veterinário anestesista e líder do setor de Anestesiologia, do Hospital Veterinário Taquaral, Gabriel de Vasconcellos Aquino, que compartilha algumas informações para auxiliar os tutores a esclarecerem o entendimento sobre o comportamento dos animais.

Como perceber que meu cachorro ou gato está com dor?

De acordo com o médico-veterinário, quando um animal apresenta “mais dificuldade, relutância ou demora em fazer atividades que fazia anteriormente, menor nível de brincadeiras e fica mais tempo parado”, podem ser sinais de que o ele pode estar com alguma dor. “Relutância, ou até agressividade para receber carinhos em determinada região do corpo, também pode indicar alguma dor no local”.

Os animais não tendem a mudar de comportamento à toa, por isso, os tutores que são mais conectados com seus cães e gatos tendem a perceber qualquer pequena alteração na rotina do animal.

A mudança na rotina, relutância da alimentação e maior tranquilidade são alguns dos sinais que podem indicar esse desconforto dos animais. Segundo o profissional, a rotina alimentar precisa de atenção constante dos animais, pois pode causar diversos outros problemas. “Uma dor de dente ou na boca pode afetar diretamente a capacidade de se alimentar, porém, dores em qualquer local do corpo podem levar à diminuição de apetite. A redução da ingestão de comida deve ser sempre um sinal de alerta e merece uma investigação com um veterinário”, reforça Gabriel Aquino. O profissional ainda destaca: “Muitas vezes, pode não ser nada importante, porém, também pode ser o início de algum transtorno, portanto, precisa de uma atenção especial. É melhor investigar precocemente, pois a maioria das doenças é mais fácil de tratar no início”.

No caso de cães, problemas locomotores que causam dores alteram de maneira mais perceptível o comportamento dos animais. “Com dores ao se movimentarem, os cães diminuem o nível de atividade, ficam sentados ou deitados por mais tempo, correm menos, brincam menos, podendo ficar até mais resistentes à longos passeios”, salienta o veterinário.

E em caso de dor, o que fazer?

A identificação de casos de dores nos animais pelos tutores acaba sendo algo mais frequente atualmente, porém, nem sempre a origem do problema é identificada. “Um veterinário competente localizará a razão da dor de forma mais eficiente e irá tratá-la, também, da melhor forma”, completou Aquino.

Portanto, em caso de suspeita de dores, os tutores devem procurar um veterinário de confiança, que irá examinar o animal e poder orientar os melhores cuidados para eles. É importante reforçar que a “automedicação” apresenta riscos aos animais. “Há uma diferença entre tamanho e metabolismo, portanto, os animais reagem de uma maneira diferente dos humanos aos medicamentos”. Na boa intenção, os tutores podem oferecer algum medicamento, mas que pode causar outros problemas, o profissional destaca que “problemas renais ou gástricos após o uso incorreto de anti-inflamatórios são muito comuns”.

Caso o tutor identifique alguma dor em seu animal doméstico, a melhor indicação é oferecer conforto, carinho e segurança. Com estes cuidados, e o apoio de um médico-veterinário, a recuperação do animal terá chances de maior sucesso. “É  importante evitar manipular a região que apresente dor e evitar deixar o paciente junto com outros animais, pois pode haver um incômodo”, menciona o profissional.

Ainda de acordo com Aquino, a avaliação de um médico-veterinário em caso de lesões é fundamental, pois ele irá identificar se há, realmente, algo errado na região que o animal apresente dor. “Muitos animais escondem a dor e não manifestam sinais de que uma dor pode ser mais grave. Já vi cães com ossos quebrados que andavam normalmente, então, cada animal reage de uma maneira diferente. É importante ressaltar que alguns cães podem demonstrar reações agressivas em caso de dor, por isso, o tutor deve  tomar cuidado. Em caso de lesões, proteger a região e fazer compressas de gelo pode ajudar”, destaca .

Fonte: Cães&Gatos

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