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Veterinário é preso por realizar cirurgia plástica em camelos na Arábia Saudita

2 de janeiro de 2018
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Crédito: AFP
Esta prática cruel é executada nos animais que participam do festival anual de camelos do Rei Abdulaziz. Crédito: AFP

Um veterinário saudita foi preso recentemente depois que foi pego em flagrante realizando procedimentos de cirurgia plástica em camelos.

Esta prática cruel é executada nos animais que participam do festival anual de camelos do Rei Abdulaziz.

O veterinário injetou substâncias para diminuir o tamanho das orelhas e aumentar outros traços faciais dos animais, pois o camelo considerado mais bonito no festival ganha o concurso.

No entanto, os organizadores do festival afirmam que as cirurgias plásticas foram proibidas “para evitar fraudes e procurar a beleza natural”.

Os camelos submetidos a procedimentos estéticos são desclassificados e os guardiões são sujeitos a multas.

Um total de SAR 700 mil (o equivalente a R$ 620 mil) foi encontrado na clínica veterinária, além de medicamentos e seringas importadas de países vizinhos.

A administração do festival espera que os documentos coletados na clínica ajudem a descobrir os nomes dos guardiões dos animais que foram operados.

O festival de camelos

O festival conhecido como “Um Raqiba” acontece todos os anos na Arábia Saudita e dura quarenta dias. Durante o evento, um comitê seleciona o camelo mais “bonito”.

Cada camelo tem que desfilar diante do comitê com um sinal marcado em seu corpo para se distinguir de outros.

Muitos morrem antes mesmo de chegar até o evento, já que viajam sob condições extremamente precárias.

O evento alimenta um mercado aberto onde empresários milionários pagam até mais de 5 milhões de dólares por um camelo.

Nota da Redação: A realização de cirurgia plástica em animais é uma prática cruel, mas não é a única que deve ser proibida. O evento que julga os animais por sua estética, os submete a situações estressantes e humilhantes para que eles então sejam vendidos para milionários e é um grande exemplo de prática antiética que deve ter fim. Os animais não são objetos para o divertimento humano, nem mercadoria para serem comercializados e merecem que seus direitos sejam respeitados.

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