Um veterinário saudita foi preso recentemente depois que foi pego em flagrante realizando procedimentos de cirurgia plástica em camelos.
Esta prática cruel é executada nos animais que participam do festival anual de camelos do Rei Abdulaziz.
O veterinário injetou substâncias para diminuir o tamanho das orelhas e aumentar outros traços faciais dos animais, pois o camelo considerado mais bonito no festival ganha o concurso.
No entanto, os organizadores do festival afirmam que as cirurgias plásticas foram proibidas “para evitar fraudes e procurar a beleza natural”.
Os camelos submetidos a procedimentos estéticos são desclassificados e os guardiões são sujeitos a multas.
Um total de SAR 700 mil (o equivalente a R$ 620 mil) foi encontrado na clínica veterinária, além de medicamentos e seringas importadas de países vizinhos.
A administração do festival espera que os documentos coletados na clínica ajudem a descobrir os nomes dos guardiões dos animais que foram operados.
O festival de camelos
O festival conhecido como “Um Raqiba” acontece todos os anos na Arábia Saudita e dura quarenta dias. Durante o evento, um comitê seleciona o camelo mais “bonito”.
Cada camelo tem que desfilar diante do comitê com um sinal marcado em seu corpo para se distinguir de outros.
Muitos morrem antes mesmo de chegar até o evento, já que viajam sob condições extremamente precárias.
O evento alimenta um mercado aberto onde empresários milionários pagam até mais de 5 milhões de dólares por um camelo.
Nota da Redação: A realização de cirurgia plástica em animais é uma prática cruel, mas não é a única que deve ser proibida. O evento que julga os animais por sua estética, os submete a situações estressantes e humilhantes para que eles então sejam vendidos para milionários e é um grande exemplo de prática antiética que deve ter fim. Os animais não são objetos para o divertimento humano, nem mercadoria para serem comercializados e merecem que seus direitos sejam respeitados.